Relacionamentos
Não é saudável adaptar-se à uma sociedade adoecida
Em uma sociedade que valoriza ações competitivas, não há espaço para o cuidar - um ingrediente primordial para a manutenção da civilização
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Em uma sociedade que valoriza ações competitivas, não há espaço para o cuidar - um ingrediente primordial para a manutenção da civilização
Enquanto o capitalismo ignora o cuidado, é essencial pensar numa divisão do trabalho de educar crianças, em respeito às mães e à sociedade
Em nossa sociedade, a necessidade de patologização das emoções pode esconder os motivos do adoecimento emocional e nos afastar do cuidado um com os outros
Amar e cuidar, para Bell Hooks, são dois conceitos diferentes. Saiba como o amor pleno e verdadeiro é livre de abusos e desrespeito
Ter contato constante com a natureza é um direito das crianças; mas a responsabilidade de proporcionar momentos na natureza é de toda a sociedade, e não apenas das mães
Na sociedade, a visão de que as mães devem estar sempre dispostas e prontas para o cuidado prevalece. Mas, afinal, quem cuida dessas mães?
É certo que uma criança saudável pode ser muito colaborativa, mas não será pelos mesmos motivos da criança obediente e adequada.
Quando somos crianças, a criação recebida de nossos pais é a única que conhecemos. Ao nos tornarmos pais, podemos fazer diferente.
Desejar que os filhos sejam felizes o tempo todo parece impossível. Para minha filha, quero que ela possa expressar sua autenticidade e ter olhos vivos.
A distorção do conceito de resiliência, sobretudo para mulheres, pode levá-las a aceitarem situações abusivas em relacionamentos
Durante as festas de Natal, é preciso enfrentar expectativas, lidar com traumas e reconhecer que a família nem sempre é definida pelo sangue
Um convite à felicidade além das certezas pré-fabricadas para entender o poder da autonomia na vida das crianças (e dos adultos também).
Crenças familiares encobrem problemas, culpam filhos e precisam ser superadas para relações familiares mais saudáveis e autênticas.
Compreenda por que a construção do amor próprio requer conexões significativas e apoio emocional de outras pessoas.
Thais Basile defende que é preciso falar sobre angústia e sofrimento, mesmo em uma era de positividade forçada. Reconhecer emoções difíceis é crucial para a verdadeira conexão humana e para enfrentar a complexidade da vida.
Como cuidar da saúde mental coletiva? O culto à individualidade e à competição é o oposto do que nós enquanto seres humanos precisamos para florescer. Falar de saúde mental em uma sociedade que cultua a positividade tóxica, aquele otimismo que finge que não existem todas as mazelas do mundo externo e do mundo interno, […]
Thais Basile explica sobre a importância de acolher as dores dos filhos para fortalecê-los no futuro e crescerem confiantes.
A cura da nossa criança interior ferida pode ser um processo doloroso e difícil de lidar. É o que chamamos de dor do crescimento.
Thais Basile levanta questões importantes sobre a participação dos homens no processo de criação dos filhos e questiona o termo "paternidade ativa".
A competição feminina é uma cultura é danosa para a vida das pessoas. Veja a importância da união das mulheres, especialmente das mães.
Mulheres querem não precisar mais pedir ajuda, nem serem reconhecidas como guerreiras quando não a pedem. Precisamos caminhar juntos.
Limites são importantes não só para que possamos nos colocar como prioridade e nos respeitar, mas também para aprender a lidar com o desconforto que isso irá gerar em nós.
São tempos difíceis em que tudo parece acelerado e pasteurizado. Usar as redes sociais a nosso favor pode fazer toda diferença nas nossas vidas.
A prática da educação consciente precisa ser um ato coletivo. Ensinar mães cansadas a engolir suas emoções e a performar paciência não me parece ser o melhor caminho.
Pedir para os pais fazerem a sua parte não é instigar uma competição entre eles e as mães. Mães merecem ter apoio e divisão real de tarefas.
É preciso fazer contraponto ao que a sociedade diz que é certo sobre como educar uma criança para criar novos caminhos mais afetuosos.
Educar uma criança com compaixão e respeito ainda é um ato visto com desdém, sob os gritos de “mimimi”. Precisamos mudar isso.
Existem efeitos positivos nas redes sociais que integram mães e nos ajudam a construir a nossa tribo, um espaço de trocas e suporte verdadeiro
Uma reflexão sobre as lutas pela paz no Brasil, o desconforto de assuntos proibidos e o privilégio de poder se indignar.
Quando somos levados a confundir cansaço com preguiça, podemos nos culpar e esse autojulgamento não nos ajuda a sair do lugar.
É preciso que se diga que educar com respeito, para a não violência, não significa que a educação será mais fácil.
Tenho permitido que a raiva venha crua, inteira e me arrebate. Às vezes, ela se transforma em lágrima, às vezes em texto.
Na infância, supostas brincadeiras intimidam, humilham e podem causar intensa violência simbólica e psicológica que alcançam a vida adulta.
As crianças precisam de um olhar mais compassivo. Compreensão não é permissividade e os limites não precisam ser agressivos ou punitivos.
Na educação dos nossos filhos, a compaixão e a gentileza são ferramentas de primeira necessidade.
Se tornar mãerealmente é uma das coisas mais profundas que podem acontecer com uma pessoa, e digo isso sabendo dos riscos de cair na armadilha da maternidade romântica. Não é deste lugar que quero falar.
Desde cedo somos submetidas a uma grande lavagem cerebral sobre o quão romântico e lindo será quando tivermos um filho.
Eu já fui a pessoa sem filhos que achava que sabia mais do filho dos outros do que os próprios pais. Já virei os olhos com empáfia quando a criança mexia nos produtos da loja
Era um dia comum no meio da pandemia, nós duas presas em casa, minha filha brincando, eu trabalhando. Eu sentada no computador, concentrada, quando ouço sua voz me tirar do torpor: – Mãe, sabe o meu amigo Guilherme? Da escola. Então, um dia a gente estava brincando de quadriciclo no parque e eu vi um […]
Tudo na nossa sociedade utilitarista e imediatista nos leva pra longe de nós mesmos. Nesse contexto, entendemos que o que mais importa é o que está do nosso lado de fora
É somente com amor e com respeito genuíno por nossas crianças, pela nossa história de vida, pela nossa criança interior que carrega nossas dores e nossos medos, que conseguiremos sair mais fortes desse terremoto
O olhar precisa ser pra dentro, e se cuidar e ficar vivo é essencial, mas sem perder o fogo interno que faz mudar as coisas
A ideia, pra mim, é conseguir encontrar pessoas que nos validem na nossa própria individualidade, que partilhem dos nossos valores e quereres
As crianças estarão ali, nos observando, aprendendo silenciosamente como lidar com a tristeza e o desânimo. Não as privemos dessas lições essenciais
É bom sentir que, no meio do caos, consigo dar alguns passos em direção a mim mesma e permito meu corpo sentir paz
O segredo para voltar a colocar o amor em primeiro plano é se inspirar na esperança desinteressada que nossos filhos sentem
A grande verdade é que desaprendemos a sentir leveza, a nos conectar com o simples, desaprendemos a estar nesse mesmo momento em que as crianças vivem e insistem nos apresentar
Choro é comunicação, e se barramos a comunicação da criança, deixamos ela se sentindo absolutamente sozinha. É isso que queremos?
Nossos filhos têm um poder de espelhar coisas que nós não vemos. Essa tomada de consciência em geral nos geram dor. E o caminho é justamente olhar para onde dói em nós, na relação com os filhos
Não sou só mãe. Não há como mergulhar em nenhum processo interno sem olhar para quem somos como filhos
Pouco se fala de maternidade compulsória. O que é isso? É a ideia de que mulheres são imperfeitas sem filhos. De que só conhecerão o amor verdadeiro quando tiverem filhos.
Culpamos o outro, que nos tira do sério, mas filhos são como faróis mostrando o que incomoda dentro da gente
Essa idade pode ser desafiadora mas, se mantivermos os olhos nas conquistas, tudo pode ser vivido de forma mais leve
Gritar ou punir uma criança que está numa crise emocional por conta de frustrações é como querer apagar fogo com gasolina. Precisamos desenvolver a empatia em nosso modo de educar
Podemos ajudar as crianças a lidarem com as emoções e explicar o que acontece para que ganhem segurança emocional
O desafio é criar filhos nessa sociedade que tanto exige perfeição e ensinar que o perfeito não existe. Que eles podem ser quem são e que estamos aqui para aprender
O processo de encorajamento de uma criança passa por mudar a expectativa que ela tem sobre si mesma. Se é levada a esperar melhores ações de si própria, então ela é encorajada
A primeira necessidade de qualquer ser humano é pertencimento. Se sentir acolhido, capaz, importante. Nenhuma geração antes da que estamos criando teve esse acolhimento incondicional
Quando aprendi que a minha raiva escondia um medo meu em falhar, muita coisa mudou. Preparar um ser humano para viver no mundo é desafiador mas também nos ajuda a olhar para nós mesmos
As expectativas sobre o que esperar de uma criança são uma armadilha porque nos fazem achar que nossos filhos são difíceis e que não se comportam melhor porque não querem
Nós, adultos, vivemos numa realidade simulada, com projeções para passado e futuro. As crianças nos convidam a viver o agora com mais atenção
A ideia não é criar crianças de uma maneira completamente anárquica, sem orientação, sem guia. A ideia é repensar essa forma de educar que foca tanto na punição
Cuidar dos filhos têm o poder de nos descontrolar para que aprendamos algo sobre nós mesmos. Nossos piores medos, nossas culpas e dores da infância, ainda está tudo conosco, esperando para ser elaborado
Estamos ressignificando e transformando a forma de cuidar. E parte dessa descoberta é entender que somos as forças motrizes do mundo e que devemos reconhecer e validar nossas necessidades
Olhar para os nossos filhos com mais respeito e humanidade é um exercício diário. Nessa jornada, aprendemos a criar conexões mais acolhedoras e verdadeiras