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A felicidade é uma ciência: veja como alcançá-la
Cole Keister
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Quando comecei a desenvolver estudos na área de desenvolvimento humano, encontrei diversas vertentes que muito me interessaram. Todas elas buscavam compreender a importância da felicidade e do bem-estar nas nossas vidas. Além dos materiais mais recentes, também me deparei com todo o arsenal de pensadores que desde a antiguidade segue atrás dessa compreensão sobre os fatores que nos levam a ter uma vida que realmente vale a pena.

Porém, grande parte das leituras nos levava a conceitos mais intangíveis. A imagem que construímos em nossa mente foi a de que a felicidade é um assunto filosófico, subjetivo e sem respostas concretas, ou ainda, em última instância, o sonho dos hippies que invadiam a Califórnia na década de 60 e 70.

Isso acontece porque, por muito tempo, a felicidade foi tratada apenas como um estado de espírito subjetivo e difícil de medir, que dependia da personalidade e das circunstâncias individuais. Havia pouca atenção para entender como a felicidade poderia ser aumentada ou como ela poderia desenvolver intervenções eficazes para ajudar as pessoas a serem mais felizes.

No senso comum criado, a felicidade era vista como algo que simplesmente acontecia, ou não, na vida das pessoas e que atingia um limite comum, que só poderia ser elevado através das circunstâncias externas da nossa vida como o sucesso financeiro, nossos relacionamentos, nossa saúde física, entre outros. 

Por esse motivo, quando estamos nesse estado “comum”, esquecemos a saúde mental e partimos em busca desses objetivos tangíveis.

A hora de olhar para dentro

Ao longo dos últimos anos, pesquisas passaram a sugerir que a felicidade é influenciada principalmente por fatores internos, como a nossa personalidade, e também pelas estratégias que usamos para lidar com eventos da nossa vida. Assim, começou a ganhar corpo a ciência da felicidade, também conhecida como a psicologia positiva, desde que surgiu na década de 1990, e trouxe consigo uma abordagem mais sistemática e rigorosa para seus estudos.

Influenciados pelo psicólogo Martin Seligman, que abriu a discussão sobre a necessidade de se olhar para os estímulos positivos e não apenas para a cura de doenças como a psicologia clássica fazia, as pesquisas passaram a estudar três necessidades psicológicas básicas de cada indivíduo: a de sentir emoções positivas, a de participar de atividades que tenham significado e a de ter relacionamentos positivos com outras pessoas.

Hoje se torna possível apresentar em termos mais precisos e objetivos os fatores que confrontam as nossas certezas antigas sobre o que fazia a nossa vida mais feliz. Ainda, através desses novos estudos, passamos a compreender de que forma podemos promover intervenções que nos tirem de uma vida “comum” e promovam o florescimento humano voltando o olhar para outras áreas de nossa vida, além de um olhar para dentro.

Acompanhe as novidades da ciência por trás da felicidade

O assunto ganha cada vez mais amplitude, inclusive para os governos de países. Uma das fontes utilizadas para indicar tendências e auxiliar políticas públicas na promoção da felicidade é o Relatório Mundial da Felicidade (World Happiness Report), produzido pelo Instituto Gallup (um grupo de estudiosos independentes).

Esse material terá a sua versão atualizada lançada no dia 20 de março. Junto com a Vida Simples, vou trazer para você suas novidades em primeira mão. Sigo aprofundando meus estudos nessa área e acompanho o assunto de perto. Inclusive, durante o mês de março estaremos explorando de forma mais profunda esse tema aqui em minha coluna e fazendo a cobertura do World Happiness Summit (que acontece nos dias 24, 25 e 26 de março, no Lake Como, na Itália).

Se você gosta do assunto, fique atento aqui com a gente.

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Os benefícios gerais de compreender melhor a felicidade

Virar a chave na compreensão da felicidade é importante por inúmeras razões.

A primeira delas é possibilitar com que as pessoas possam individualmente entender melhor o que faz elas felizes e assim tirar conclusões úteis e práticas sobre como melhorar o bem-estar tanto individualmente quanto coletivamente.

Em segundo lugar, esse olhar científico sobre o assunto passou a possibilitar com que empresas também desenvolvam programas de bem-estar de seus funcionários, o que começa a refletir em resultado para todas as partes envolvidas, sem necessariamente, estar associado com ganhos ou perdas financeiras.

A importância, para você, da felicidade ser uma ciência

Existem diversas razões para a ciência da felicidade ser importante no nosso desenvolvimento. 

  • Ajudar a compreender a natureza da felicidade

Desde que a felicidade passou a ser tratada como ciência, tornou-se cada vez mais possível compreender o seu funcionamento. Isso permite que cada um de nós possa identificar o que nos faz felizes e que possamos construir caminhos para alcançá-la.

  • Conhecer caminhos mais eficazes para ser feliz

Os estudos e pesquisas que vem sendo realizados sobre a felicidade, nos ajudam a identificar estratégias para aumentar a nossa felicidade. Isso inclui novas técnicas para lidar com o estresse, práticas de atenção plena, exercícios físicos e outras abordagens que hoje, comprovadamente, ajudam a melhorar o nosso bem-estar emocional.

  • Auxiliar a superar os desafios da vida

Através do conhecimento que está sendo produzido, torna-se possível incorporar em nossas vidas práticas mais positivas. Dessa forma, as pessoas desenvolvem resiliência e conseguem lidar com as adversidades de uma maneira mais eficaz. Assim, eventos estressantes e traumáticos podem ser superados mais rapidamente.

  • Promove o bem-estar social

Desde os primeiros trabalhos relacionados com a ciência da felicidade, eles tem sido utilizados para o desenvolvimento de politicas públicas que tem como objetivo promover o bem estar social. Isso incluí iniciativas nas áreas como educação, trabalho, políticas públicas, entre outras, que visam melhorar a qualidade de vida da pessoas.

*Os textos de colunistas não refletem, necessariamente, a opinião de Vida Simples.

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