Veja as 9 áreas da vida que impactam na sua felicidade

De tão buscada pela humanidade, a felicidade até ganhou dia Internacional (20 de março). A temporada chega, portanto, como um convite à reflexão: em tempos sisudos, desastres e crimes ambientais, mais e mais guerras, polaridades e afins, é possível ser feliz? Ou melhor, está permitido ir atrás dela?

O autoquestionamento tem sido comum, inclusive como um sintoma da tal eco-ansiedade, quando a nossa saúde mental é afetada pela crise climática de diversas formas. Se a busca for por uma felicidade sustentável, não só devemos buscá-la, como ela faz parte da busca por uma vida mais consciente e engajada sim.

É possível medir a felicidade?

No caso você esteja pensando “será que sou feliz” ou como praticar a tal “felicidade sustentável”, precisa conhecer o FIB. Isso mesmo, “Felicidade Interna Bruta”, modelo conhecido por ser aplicado no Butão há alguns anos, embora tenha sido criado há décadas.

Isso mesmo, a felicidade pode ser medida. Endossado pela ONU, ele é alinhado aos conceito de desenvolvimento sustentável e está baseado em nove áreas:

1. Bem-estar psicológico (otimismo, autoestima e espiritualidade);
2. Saúde (medidas de saúde, exercícios físicos, nutrição e autoavaliação da saúde).
3. Uso do tempo (aqui incluir desde questões de urbanismo, como trânsito, até relação com lazer x trabalho);
4. Vitalidade comunitária (senso de comunidades, pertencimento, segurança em relação ao espaço que nos cerca);
5. Educação (inclui formas de educação informal e formal);
6. Cultura (tradições locais e tradicionais, ações culturais, desenvolvimento de capacidades artísticas e discriminação de raça, cor, ou gênero);
7. Meio ambiente (nossa relação com os meios naturais como solo, ar e água; acessibilidade para áreas verdes, sistemas para coletar o lixo e biodiversidades);
8. Governança (engajamento com questões da comunidade, poder judiciário, eleições…)
9. Padrão de vida (análise da renda familiar e individual, seguridade nas finanças, dívidas e qualidade habitacional);

Pode parecer um tanto estranho ter essa emoção como uma fórmula a ser seguida, ainda mais com ares de modelos estendidos a grupos e envolvendo politicas públicas. Mas não exclui que, sendo cada um de nós um universo à parte, nossas aspirações individuais e também sejam consideradas ao mesmo tempo.

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O FIB também nos inspira a ampliarmos a ideia do tema felicidade para além do que nos nutre emocionalmente de maneira individual e passageira.

Aliás, desde tempos imemoriais a felicidade tem sido medida e listas. Um exemplo são as definições mencionadas nos yogas sutras: “Ao cultivar amizades, praticar compaixão, felicidade e virtudes e ao ser indiferente ao sofrimento e vícios que geram queixa, sua mente se estabelece em uma condição agradável”, traduz o professor de yoga, escritor e ativista Oberom.

Entre a complexidade do autoquestionamento e a simplicidade da prática, definitivamente felicidade e sustentabilidade se encontram quando pensamos no bem-estar de todas as formas de vida ao mesmo tempo, sem distinção; sem deixar de lado o esgotamento dos recursos da natureza, cuidados familiares, senso de comunidade e utilização do tempo de forma equilibrada.

Desta forma, a busca pela felicidade não se faz também um pilar para a vida sustentável?

Para quem sente de se conectar com o tema, A Virada da Felicidade acontece como tributo pelo Dia Internacional da Felicidade, estabelecido pela ONU em 2012, e reúne, em diferentes pontos da capital paulista, especialistas em bem-estar em palestras e vivências gratuitas. Você pode conferir a programação aqui e, inclusive, se inscrever para a minha vivência sobre rituais e regeneração aqui.

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