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Relaxa, ninguém está pensando em você
Hamish Duncan | Unsplash
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“O tempo é o senhor da razão”, já nos alertava, ainda no século passado, o notável escritor francês, Marcel Proust. De fato, nada melhor do que o tempo para nos bafejar com a experiência e nos dar alguns caminhos para discernir o que vale a pena ou não levar em consideração e, em especial, saber com quem e com o quê devemos, de fato, nos importar na vida. Penso que ainda perdemos muito tempo nos preocupando com o que os outros pensam sobre nós

Mas, é interessante observar que o tempo está sempre nos ensinando, de maneira que, independente do quanto já tenhamos percorrido de nossa jornada terrena, haverá sempre algo por integrarmos melhor. Em outras palavras, a vida nos ensinará até nosso último suspiro.

O tempo e a sua sabedoria sobre a vida

Este ano completei 50 anos de vida. Como diz Jung, já entrei na fase de ver mais de perto o poente do que o nascente, o que, de alguma forma, poderia me induzir por certos rompantes de “sabedoria do tempo”. Ainda bem que estou um pouco mais atento e cada vez mais certo de que há muito por aprender ainda.

Tudo isso pra dizer que, apesar de já ter percorrido um bom trecho da minha estrada de vida, ainda me pego com alguma frequência me preocupando com o julgamento alheio, com o que os outros vão pensar sobre determinadas escolhas da minha vida pessoal e profissional.

Quando isso me toma de alguma maneira, é hora de buscar respostas. E, dessa vez, elas vieram de forma libertadora.

Anotações preciosas sobre o que os outros pensam

Ao arrumar a minha estante de livros na semana passada, fui “capturado” por um pequeno livro de capa rosa chamado A Grande Magia – Vida Criativa Sem Medo* da escritora Elizabeth Gilbert (autora também do best-seller Comer, Rezar e Amar*). Eu já havia passado por ele alguns anos atrás, mas gosto sempre de dar uma folheada em anotações que outrora me marcaram de alguma forma. Serão sempre úteis no momento certo.

Num dos capítulos sobre “Persistência”, Gilbert conta que há muito tempo, quando tinha pouco mais de vinte anos e era ainda bastante insegura, conheceu uma mulher já na casa dos 70 anos, que lhe ofereceu um sábio conselho de vida:

“Passamos a faixa dos vinte, trinta anos”, contou a senhora, “fazendo um esforço enorme para tentar ser perfeito, porque nos preocupamos demais com o que os outros pensam de nós. Então chegamos aos quarenta, cinquenta (olha eu aqui) e finalmente começamos a ser livres, pois decidimos que não estamos nem aí para o que pensam de nós. Mas.. (olha aqui a resposta que precisava) você não vai ser completamente livre até chegar aos sessenta, setenta, quando finalmente compreendeu esta verdade libertadora: Ninguém nunca esteve pensando em você, de qualquer forma”.

Uau, é isso! Não estão. Não estavam. Nunca estiveram.

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Liberte-se: a atenção sempre esteve nelas mesmas

A grande verdade é que, na maior parte do tempo, as pessoas só estão pensando em si mesmas. Não têm tempo para se preocupar com que você está fazendo ou se está fazendo bem, porque estão absortas nos próprios dramas.

Dias desses estava no metrô e fiquei reparando no comportamento das pessoas no vagão. Uns estavam sentados olhando pro nada como quem embarca numa viagem interna nas próprias histórias, outros olhando para seus smartphones procurando distração, ouvindo música…

A atenção das pessoas pode até se voltar para você por um momento (se você tiver um sucesso ou um fracasso público fenomenal, por exemplo), mas logo se volta para onde sempre estive: nelas mesmas.

Embora a princípio possa parecer terrível e solitário imaginar que você não é a prioridade de ninguém, essa ideia pode ser incrivelmente libertadora.

Como nos lembra a autora, “você é livre, pois todo mundo está ocupado demais consigo mesmo para se preocupar com você”.

Então, vá ser quem quiser. Crie o que quiser e permita que seja estupidamente imperfeito, pois é muito provável que ninguém vá perceber.

Ah, o tempo! Sempre o tempo…

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