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Diversos “eus” nos habitam: como ouvir as partes que nos compõem
Shot By Ireland
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Você já se perguntou como é possível dialogar com as diferentes partes de si mesmo? Sim, tenho o hábito de fazer reuniões periódicas com os meus “eus”.

Aprendi a identificar e nomear os diversos aspectos da minha personalidade: os “eus” primários, os “eus” secundários, os “eus” terciários e os “invasores”. Cada um deles tem função, motivação e expressão próprias.

Conheça cada um dos seus “eus”

Os “eus” primários nos conectam com as nossas necessidades básicas, como alimentação, segurança, saúde e prazer. Eles são a nossa dimensão animal, que busca a sobrevivência e a satisfação. São impulsivos, instintivos e, às vezes, irracionais. Podem nos levar a agir de forma egoísta, precipitada ou irresponsável. Por isso, é importante saber ouvi-los, mas também controlá-los. Sobretudo, quando estão muito agitados ou insatisfeitos.

Os “eus” secundários são aqueles que tentam racionalizar tudo o que acontece, buscando explicações e justificativas para as nossas ações e sentimentos. Eles podem ser úteis em algumas situações, mas também nos atrapalhar quando ignoram ou reprimem as nossas emoções. Por não saberem lidar bem com o que sentimos, preferem esconder ou negar essa dimensão, o que pode gerar frustração e irritação.

Os “eus” terciários, por sua vez, nos distraem do presente, trazendo lembranças do passado ou projeções do futuro. Podem
nos fazer reviver momentos felizes ou tristes, como também nos impedir de aproveitar o que está acontecendo agora. Eles nos fazem questionar se somos nós mesmos ou se estamos sendo influenciados por outras pessoas ou situações. Assim, podem criar confusão e ansiedade na nossa mente, no nosso coração e nas nossas atividades.

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Como podemos observar melhor os “eus”

Vivemos em um mundo cheio de estímulos e influências, provenientes da mídia, da sociedade e de outros indivíduos. Às vezes, confundimos esses influxos com nossos próprios desejos e opiniões, pois esses são os “eus” invasores. É importante questionar se tais interferências representam nossos valores, desejos e necessidades internas. Isso envolve a prática da autorreflexão e da autoconsciência.

Por isso, às vezes, eu me isolo e fico como um caçador que observa e estuda a sua presa. Olho para todos os meus “eus” e escuto o que eles têm a dizer, mas sem julgar nenhum deles. Deixo eles falarem o quanto quiserem, mas não me deixo levar por nenhum deles. Eu só observo.

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Este texto foi publicado originalmente na edição 259 de Vida Simples

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