Oito tendências de bem-estar para 2024 que você precisa conhecer
Das dietas das zonas azuis até banho gelado: confira as principais tendências de bem-estar consciente para o ano de 2024
As manias de bem-estar pegam numa rapidez impressionante. E todo começo de ano se fala das tendências deste universo. O que será que vem por aí de mais curioso? Bom, há muitas previsões curiosas, consumistas e padronizadas – digo, esteticamente mesmo. Mas o que me interessa – e imagino que também a vocês – é conhecer aquelas que fazem realmente bem e, de preferência, podem ser adaptadas de maneira democrática. São as tendências de bem-estar consciente.
Selecionei oito que podem render bons novos (ou reforçar e motivar quem já segue) para 2024!
Beleza sem gênero
O termo “genderless” (sem gênero) já está sendo absorvido por todas as searas de consumo. No setor de beleza e higiene pessoal, se traduz em produtos e soluções sem indicação precisa para o público feminino.
Embalagens mais minimalistas ou com elementos democráticos, fórmulas que atendem todas as características, multifuncionalidade e, sobretudo, uma comunicação visual e verbal que acolhe o movimento. As marcas Simple Organic, Sallve, Dailus Lab são exemplos que já se adiantaram na temática.
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Cogumelos terapêuticos
O que antes era tido como um conhecimento ancestral e se limitava ao universo dos psicodélicos e dentre os adeptos de medicinas da floresta, agora está validado pela ciência: os cogumelos têm um super poder. Um não, vários.
A série documental Como Mudar sua Mente, da Netflix, já havia destacado o estudo dos psicodélicos como alternativa aos antidepressivos. Agora a ideia do uso de microdose para fins terapêuticos (do relaxamento à criatividade) começa a sair da bolha e promete se popularizar – com os olhares curiosos da internet e atentos da comunidade médica. A Anvisa ainda tem sido um obstáculo para a disseminação de todos os tipos: os mágicos e os medicinais. Boa parte não é liberada no Brasil. Vale acompanhar atualizações acerca do movimento por iniciativas nacionais como a Mushin.
Cuidados corporais para o bem-estar consciente
Para quem só pensa em rosto quando escuta skincare, pode ampliar a ideia: “Todos os corpos vão ficar mais cremosos e bem-cuidados em 2024”, avisa o report e previsões de consumo do Pinterest. Segundo o documento, a geração Z e os boomers vão mostrar que nem só de rosto vive o skincare, e que rituais dignos de spa merecem mais espaço nas nossas rotinas. Entre a limpeza, a hidratação e o protetor solar, ainda vai sobrar tempo para relaxar.
Para adaptar a ideia de uma maneira mais holística, não precisamos nos limitar a produtos: automassagens, saunas, escalda-pés, esfoliação naturais e até o famoso banho gelado (outra tendência mencionada mais abaixo) cuidam de fora para dentro
Desacelerar & ritualizar para mais bem-estar
A proposta vai ser pegar leve e ir mais devagar. Curtir o ócio, a própria companhia ou de amigos – a qualquer hora. Segundo o relatório anual do Pinterest, a geração Z e os millennials vão buscar práticas de relaxamento para fazer em casa, mas também ideias de viagens e passeios em que o único compromisso é com o descanso.
Na mesma onda, a práticas de rituais, ou até a ritualização do cotidiano começa a atrair mais adeptos. Por aqui, trouxe a temática nesta coluna. Inclusive, citei o manifesto “mais rituais, menos coisas” e o oráculo Baralho de Rituais, lançados justamente para inspirar uma vida mais intencional e presente.
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Do banho gelado à imersão no gelo
Depois da mania do banho gelado às 5 da manhã, a nova mania de bem-estar é a imersão em banheiras de gelo. O motivo da primeira é que com a temperatura da água mais baixa que a do corpo, o organismo começa a trabalhar para a regulação térmica corporal, o que melhora a circulação sanguínea. Há quem tome todo dia, mas a prática repetida 2x ou 3x por semana já traz outros benefícios como acelerar o metabolismo, alivio em dores e inchaços.
Mas e o gelo? A imersão no gelo é uma prática milenar, muito comum entre os atletas para a recuperação muscular e também alivia o calor. Se no ano passado era visto como mania, agora é apontado como tendência: já começam a surgir eventos, imersões e até estúdios que proporcionam a experiência. A boa notícia é que dá para ter um gostinho dos benefícios da experiência no chuveiro de casa com a água bem geladinha, né!
Longevidade e as dietas das zonas azuis
O tema tem sido colocado em diferentes perspectivas e influenciado práticas diversas – incluindo outras tendências. Beleza, skincare, saúde, exercícios, comportamento e até dietas. Tudo promete ser pensado para colaborar com um bem-estar mais perene e menos imediatista. Li dia desses na Forbes que será o ano das Dietas das Zonas Azuis 2024 visando a longevidade, já que há muitas evidências de que pessoas que moram nas zonas azuis ao redor do mundo vivem mais do que a média devido à sua dieta e estilo de vida.
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Turismo com intenção ecológica
O turismo sustentável, aquele que alia conservação ambiental, interação respeitosa com as culturas locais e beneficia financeiramente as comunidades regionais vem crescendo de maneira proporcional à expansão de consciência dos viajantes.
A Vivalá, que desenha, realiza e guia viagens com experiências diversas, e cresceu dez vezes nos últimos três anos, os biomas da Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica, em experiências com comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas, são os alvos do momento. “As pessoas querem realizar vivências mais profundas, que sejam transformadoras para elas e que gerem impacto positivo para o mundo”, afirma Daniel Cabrera, cofundador e diretor-executivo da Vivalá Turismo Sustentável no Brasil.
Vale lembrar que o turismo sustentável não se limita a um destino com belas paisagens naturais: como nos relacionamos com o espaço que nos cerca e até o lixo\resíduos que geramos nas férias são pilares igualmente importante e não responsabilidade apenas de quem (pousada, agência de viagem etc) nos recebe.
Beleza sustentável fora da bolha para o bem-estar
Não basta ser natural. Nem apenas vegano. Frases como estas são há anos repetidas por entusiastas do movimento de uma beleza mais responsável. Mas agora a cobrança tem se expandido: se é para ser chamada de consciente e sustentável, a beleza da nova era precisa respeitar o começo da cadeia: o solo. Tal qual fosse ele a nossa pele. Um cuidado na mesma proporção.
Não à toa a beleza sustentável é mencionada como macrotendência pelo último report do bureau de tendência WGSN. Segundo o documento, no setor de embalagens, os materiais ativos que emitem substâncias benéficas ao solo em seu processo de compostagem – como potássio e nitrogênio – ganharão cada vez mais espaço. Dica: se encantou por uma marca natural? Procure saber sobre fornecedores e cadeia de produção!
Para quem já tem intimidade com os movimentos acima podem pensar “como assim, tendência!”. Pensem que é o que todos nós já buscamos e praticamos há um tempo saindo da bolha. Na verdade, com a informação acelerada, presente e futuro e estão imageticamente e mais próximos.
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