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Praga é um cenário perfeito para um conto de fadas. Ao se caminhar por suas ruelas estreitas, com prédios de pedra de cinco andares, é sempre possível ouvir o som de uma flauta ou de um piano vindo de uma janela. E se você prestar bem atenção, verá também que é comum os tchecos levarem um livro debaixo do braço. Porém, fui obrigada a deixar isso para trás aos 10 anos, quando minha família fugiu de lá após a implantação do regime comunista. Passamos por alguns países, até finalmente chegarmos ao Brasil no começo da década de 1960. 

Sem falar português, mas com um inglês e um francês razoáveis, comecei a cursar um colégio em São Paulo. Naquele mundo cinza e sem atrativos que havia se tornado minha vida, uma garota de olhos cor-de-mel me fazia companhia na hora do recreio e se esforçava para se comunicar comigo. Com a ajuda de um livro ilustrado, ela dizia os nomes de animais, cores ou objetos em português.

Amizades que curam

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