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Menopausa: confira as dicas de como cuidar da saúde neste período
Artem Beliaikin
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Conhecida por muitas pessoas, embora temida na maioria das vezes, a menopausa é um processo natural que ocorre no corpo de mulheres cis. Apesar de não existir uma idade exata, é comum que os primeiros sinais surjam entre os 45 – 55 anos de idade e marque a transição entre o período reprodutivo para o infértil. Além das alterações físicas e internas, há também questões emocionais e psicológicas que exigem um olhar multiprofissional para manter a saúde em equilíbrio durante esse momento.

Segundo o ginecologista Henrique Costa Cassiano, o sinal mais perceptível é a ausência de menstruações, que aponta para o fim da produção de óvulos pelo organismo feminino. “Normalmente, ela vem acompanhada de outros sintomas característicos. Os mais comuns são ondas de calor (fogachos), suores noturnos, alterações do sono e do humor, depressão, ansiedade e queda da libido“, explica o médico, que faz parte da equipe do Hospital São Francisco de Mogi Guaçu.

Principais mudanças no corpo

As mudanças corporais nas mulheres ocorre especialmente pela queda na produção de hormônios, algo esperado nesta fase. Ainda assim, boa parte das consequências são negativas e precisam ser avaliadas junto a um especialista. Para a ginecologista Loreta Canivilo, a diminuição do hormônio estrogênio nos vasos sanguíneos pode levar à pressão alta, perda da massa magra e fragilidade óssea.

Além disso, é comum haver um quadro chamado de síndrome metabólica, quando há um acúmulo de gordura na região da barriga. O fluxo de lubrificação vaginal também diminui, já que o organismo interpreta o fim do período reprodutivo como ausência de sexo.

Outra mudança provocada pela menopausa é a fragilização no quadro de saúde mental, as mulheres desenvolvem mais tristeza, depressão e insônia”, explica a ginecologista. Além desse fator, é frequente haver episódios de queda de cabelo, surgimento de pelos e ressecamento da pele. Esse último é causado especialmente pela perda de colágeno provocado pela redução na produção de hormônios. 

quadro laranja com informações sobre os sintomas do surgimento da menopausa. Alessandro Fernandes/ Vida Simples

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Impacto da menopausa nas emoções

Apesar dos sintomas físicos serem os primeiros a considerarmos, a menopausa também afeta a saúde mental das mulheres. Os efeitos que surgem no corpo são igualmente incômodos ao cotidiano e podem afetar a autoestima. O ginecologista Henrique Costa Cassiano explica que os mais comuns são: irritabilidade, ansiedade, falta de motivação, angústia, tristeza, dificuldade de raciocínio e esquecimento.

Para driblar os sintomas emocionais negativos, as principais recomendações são a prática de exercícios físicos e cuidados com o corpo. “Praticar atividades físicas, alimentar-se bem, ter um hobby, exercitar o cérebro, controlar o estresse, ter um bom hábito de sono e, principalmente, aceitar a menopausa como uma fase da vida, e não como uma doença“, explica Henrique Costa

A ginecologista Loreta Canivilo destaca ainda que a procura por um profissional adequado é fundamental para iniciar um processo de reposição de hormônios. “O ginecologista funciona como médico da mulher, vai ver as alterações cardíacas, metabólicas, da insulina, da glicemia e do colesterol”, comenta. Segundo ela, a prática de exercícios eleva o nível de testosterona, massa magra e neurotransmissores, além de melhorar a qualidade do sono.

Reposição hormonal na menopausa

A reposição é fundamental quando o período da menopausa tem início, mas é preciso passar antes por um profissional especialista. Nesse momento, o estrogênio e a progesterona são os dois hormônios que ganham atenção durante o período, já que são essenciais para a reposição.

“O objetivo dessa terapia é diminuir os sintomas e reduzir o risco de problemas graves de saúde. Porém, não são todas a mulheres que estão aptas a realizar esse tratamento, por isso a importância do acompanhamento médico“, explica Henrique Costa.

Na dúvida, procure um profissional experiente e especializado no assunto. “A população tem que ter acesso à informação e os médicos precisam ser formados para tratar a menopausa de forma básica. O que existe hoje são muitas promessas de tratar a menopausa com formas inovadoras sem comprovação científica”, finaliza Loreta Cavinilo. 

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