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A casa em que você vive conta bem a sua história?
Kate Darmody
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Para quem me conhece assim de pertinho, sabe que eu amo casas pequenas e toda a filosofia de vida que traz o conceito de viver com menos e em espaços menores. Algo que reforce a maneira como vivo e com uma aparência que me traga para aquilo que acredito. Desde a maneira como organizo e decoro meus espaços, até os móveis, objetos e coisas que possuo e que serão usados para isso. Para me identificar, e realizar quem eu sou. Não só fazendo vista para quem me visita, mas principalmente que reflita a mim mesma.

Mas, quando se resolve morar dessa maneira, o grande problema que a maioria das pessoas enfrenta é a transição para uma vida mais enxuta e conectada com a percepção de seu ideal para viver. Não precisamos de muito. Costumo dizer que 10% do conceito equivale ao espaço, porém 90% são as atitudes das pessoas em relação a construir um refúgio assim, que conte bem a sua própria história, e esteja alinhado com as coisas que acreditam. 

Casas foram criadas para nos dar privacidade com um certo isolamento do mundo externo. Nos abrigam e reciclam tudo o que passamos fora dela. Até aí, tudo bem. Entretanto, hoje em dia, podemos acrescentar uma habilidade: a possibilidade de espelhar quem somos. Mas será que estamos preparados para isso?

Um ponto de encontro com nós mesmos

Uma casa pode trazer muitos significados para quem a habita, podendo sempre oferecer um ponto de encontro conosco. Criar um lugar de descanso para retomar as energias ou para curar nossas fragilidades, cercada de boas lembranças que contam a nossa história, gera força para continuarmos nossa caminhada diária.

Imagine construir uma casa assim. Um lugar que permita um mergulho para dentro de si. Onde encontramos paz e vivemos somente com o que necessitamos. Você já parou para pensar como seria esse local? Ele se parece com o local em que você vive atualmente? 

Precisamos entender que não é um processo que acontece do dia para a noite. Ele precisa começar bem antes de você realmente se estabelecer nesse lugar. Reflexões como: o que seria legal colocar dentro desta casa? Como isso influenciaria minhas escolhas de vida? O que eu quero provocar em mim através dos meus ambientes? Nos ajudam a mapear esse movimento.

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Resolver criar um novo espaço conectado com suas respostas trarão decisões difíceis de se tomar, mas dessa maneira você estará pronto para quando chegar a hora de dar esse mergulho. Portanto, se você já se acha capaz de experimentar viver dessa maneira, aqui vão três dicas para começar a ter uma vida mais enxuta e próxima do seu objetivo de vida:

  1. Livre-se de tudo o que não faz mais sentido para sua trajetória. Não sabote o espaço deixando muita coisa. Claro que não conseguimos nos livrar de tudo de uma hora para outra, mas eu tenho certeza que você pode viver em um espaço menor com pelo menos metade de suas coisas. Você não precisa sacrificar o que te dá prazer, porém entenda que o novo espaço ditará o que é realmente importante ficar;
  2. Perceba que vivendo em lugares menores, seus ambientes passarão a ter múltiplas funções. E é aí que entra a mágica dos espaços pequenos. Encontrar soluções que atendam suas necessidades de trabalho, alimentação, descanso e lazer, tudo em um mesmo ambiente. Sim! É possível;
  3. Siga seu coração. O que você está tentando fazer não é norma, portanto, algumas pessoas não entenderão e poderão desencorajá-lo a reforçar suas próprias decisões. Não ouça, seja determinado e siga feliz com seu propósito de mudança.

Um espaço menor é mais que um lar, é uma ferramenta que pode te ajudar a ganhar mais consciência e percepção do que é realmente necessário para se viver. Nossa casa representa, simbolicamente, nosso coração, aquele que sempre nos ajuda a lembrar quem somos e onde queremos chegar.

*Os textos de colunistas não refletem, necessariamente, a opinião de Vida Simples.

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