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Estratégias para melhorar a produtividade sem sofrer um burnout
Alex Kotliarskyi
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Querer maior produtividade no trabalho, ambiente acadêmico ou na vida em geral é uma procura de 11 a cada 10 pessoas. Colocando as estatísticas impossíveis à parte, sabemos que o sonho de muita é conseguir dar conta de tudo. Mas, é preciso aprender a equilibrar esses desejos e até mesmo impor alguns limites para que uma produtividade excessiva não gere um burnout. Afinal, ninguém consegue trabalhar durante um quadro de esgotamento mental.

Kiko Kislansky, sócio-educador do Grupo Cazulo, comenta que a concepção geral sobre produtividade é de “trabalhar, bater metas e ganhar dinheiro”. No entanto, é preciso saber direcionar suas energias para outras áreas da vida que também são essenciais para nos manter produtivos. “Praticar o autocuidado e abastecer a alma com atividades que fazem o coração vibrar fora do trabalho também significa produtividade. Mais que construir uma vida produtiva, precisamos construir uma vida significativa, pautada na expressão do nosso propósito”, destaca.

Para Ana Tomazelli, psicanalista e CEO da ONG Ipefem, é preciso não só ter uma boa gestão do tempo, mas também uma boa gestão de energias. “Isso significa dizer que é importante conhecer o seu próprio ciclo natural de disposição acentuada e baixa de energia, para poder, na medida do possível, adaptar atividades de acordo com a potência do período.” Ela comenta, por exemplo, que, pela manhã, costuma ser mais introspectiva e focar em atividades que exijam concentração.

Você não é todo mundo

Em algum momento da vida você ouviu isso da sua mãe, mas é preciso saber que a ciência corrobora com essa afirmação. Tomazelli explica que a relação entre produtividade e esgotamento emocional é pessoal e intransferível. “Não é porque uma pessoa trabalha por mais tempo sem manifestar sintomas de cansaço que, em proporção semelhante, uma outra pessoa vai apresentar as mesmas características”, explica. Enquanto psicanalista, ela destaca que é importante se conhecer profundamente, compreender os limites, vetores de angústia e respostas emocionais que sirvam para você.

Além disso, manter momentos de lazer também é importante para finalizar e iniciar novos ciclos. Quando ocorre a pausa, o corpo e a mente se regeneram, recuperam energia e encontram equilíbrio. “Ao respeitar o período necessário de descanso, nutrimos nossas paixões e interesses, e reconhecemos aspectos da nossa identidade que podem ter sido deixados de lado na correria do dia a dia”, explica o psicólogo analítico Bruno Lanaro.

Para o especialista, há uma valorização acima do normal em relação ao trabalho duro e rotinas extensas de trabalho. Costumamos até sentir culpa ao trabalhar menos ou nos permitir descanso. O psicólogo ressalta que é importante ter uma rotina flexível que permita fazer coisas produtivas, mas também relaxar e curtir o ócio para manter o bem-estar.

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Segundo Ana Tomazelli, na vida pessoal, podemos seguir alguns caminhos:

  1. Gerenciar o estresse e as respostas emocionais que são disparadas a partir dos eventos que acontecem na rotina;
  2. Ter auxílio de um atendimento terapêutico;
  3. Prática de exercícios físicos;
  4. Alimentação saudável;
  5. Sono regular;
  6. Tentar influenciar o clima organizacional para que ele seja amistoso, sem deixar de ser eficiente.

“Minha maior sugestão é ter pastas organizadas por projetos, temas ou clientes, por exemplo, e estipular regras para a utilização de dispositivos para mensagens instantâneas, como WhatsApp, Telegram, Discord, Slack, Teams entre outros”, destaca a psicanalista, que defende também uma organização digital.

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Você já percebeu que os momentos de descanso podem levar as pessoas a se abrirem melhor e olharem para dentro de si? A mente relaxada, em paz e tranquila é um terreno excelente para encontrar respostas que levam a uma maior clareza sobre o propósito de vida.

“Podemos refletir sobre nossos talentos, paixões, valores e compreender o que realmente faz nossos olhos brilharem. A partir da conexão com o nosso verdadeiro propósito, nos aproximamos da felicidade plena. Isso é um pilar central da felicidade humana”, afirma Kiko Kislansky.

Além disso, a meditação, alimentação saudável e equilibrada e momentos de introspecção também são importantes. “Tratamento terapêutico, respiração consciente e aprender a se posicionar de maneira assertiva são os três principais caminhos, em minha análise, para identificar e lidar com estes padrões de pensamento”, finaliza Ana Tomazelli.

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