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Em busca de equilíbrio
Aziz Acharki
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Gosto de andar pelo meio-fio ou de seguir os desenhos geométricos de algumas calçadas. Nos percursos curtos, às vezes sinto meu corpo tender para um lado, depois para o outro e, para não cair nem tropeçar, preciso abrir um pouco os braços e só então consigo me equilibrar direito. Quando me concentro no caminho, já com o corpo mais ereto, menos tenso e mais leve, dou passos um pouco mais seguros, sem o medo de escorregar ou de ultrapassar o limite desenhado pela minha imaginação. Logo, ao voltar para o fluxo natural da minha caminhada, sem dar mais tanta atenção à calçada e seus obstáculos, percebo os pensamentos novamente voando longe e, quando dou por mim, já estou em uma travessia diferente. Faço essa brincadeira simples desde criança e sempre achei divertido identificar como nos movemos e também como o equilíbrio que me sustenta muitas vezes mora dentro da minha cabeça, na forma como conduzo os meus próprios passos. 

Já reparou como é assim também em uma porção de situações da nossa vida? Em tantos momentos, parecemos caminhar por uma espécie de meio-fio invisível dentro de nós e nos vemos diante da tentativa de equilibrar nossas emoções, para não escorregar nem seguir tortos pela estrada das nossas decisões. Encontrar essa dosagem entre sentir e viver a realidade talvez seja um de nossos maiores desafios, uma vez que não existe um ponto comum onde todas as coisas se resolvem de uma forma igual e constante, como em um passe de mágica. O que nos cabe é, a partir dos aprendizados sobre nós mesmos, adquiridos ao longo da vida, ponderar o essencial e perceber onde é necessário investir a nossa energia em vez de tentar resolver tudo de uma vez e ao mesmo tempo. E só então seguir com mais harmonia. “O que eu entendo por equilíbrio é a gente conseguir ter uma escuta das nossas necessidades e ir encontrando formas de manejá-las, de responder a elas. Ou de lidar com as frustrações e com as dificuldades de, em algum momento, não ter essas respostas por questões que a realidade nos impõe”, explica a psicoterapeuta Cecília Dassi. 

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