Sinta o que você deseja e deixe o universo te guiar
Comece a sentir como se já estivesse vivendo aquilo que deseja, que o universo se encarrega de te dar as ferramentas para te aproximar do que você verdadeiramente quer.
Começou o ano e você deseja alcançar um monte de coisas novas. Você sabe que gostaria de mudar e viver algo diferente, mas não sabe como.
Percebe a força da mudança te empurrando, mas tem dificuldade de dar o primeiro passo e partir para o concreto. Isso acontece, pois, apesar de você perceber o que gostaria, não consegue ter clareza sobre o caminho para chegar até lá. Parece que há uma lacuna entre desejo e realidade. Entre intenção e concretização. E aí, você mesmo sentindo o desejo por mudança, acaba muitas vezes desistindo por não saber o caminho.
E se eu te dissesse que se você sentir tal desejo já é meio caminho andado? É isso mesmo. Se você tiver um sentimento-intenção forte, claro, consistente e contínuo, as coisas começam a se desenhar a sua frente.
Os antigos não diziam que bastava você dar o primeiro passo, para que o caminho surgisse debaixo dos seus pés? Pois é assim que também acontece no campo da manifestação.
Comece a sentir como se já estivesse vivendo aquilo que deseja, que o universo se encarrega de te dar as ferramentas para te aproximar do que você verdadeiramente quer.
Cilada 1: acreditando na separatividade
A física quântica já comprovou a presença de um campo de energia único que abarca tudo o que existe. Há uma teia que mantém tudo interligado. Eu, você, os peixes do Oceano Índico, as árvores do Alasca, os políticos da Nova Zelândia e o vento do Pacífico.
Esse campo energético que permeia toda a realidade vibra e se comunica por meio de ondas. Entretanto, como nosso aparelho ótico não enxerga ondas, mas apenas partículas, a ideia de que estamos interligados não pode ser percebida por nós, já que a realidade que vivenciamos por meio dos nossos cinco sentidos é apenas tridimensional.
Por mais que entendamos intelectualmente esse conceito de conexão, a maioria de nós tem muita dificuldade em enxergar e acreditar nessa realidade, pois nosso sentido mais usado, que é a visão, não consegue visualizar essa teia de interligação. Na verdade, o que enxergamos em nosso dia a dia, são objetos e coisas concretas separadas uma das outras. A sua casa, o seu carro, o seu trabalho, a sua família, a sua cidade. E entre esses objetos, espaço vazio. Mas, não é bem assim. Entre eu e você, entre todas as minhas e suas coisas, existe uma sopa quântica de energia e informação que conecta e permeia tudo.
Em função dessa dificuldade de percepção, vivemos a crença da separação e do estático, que nos faz acreditar que é preciso lutar muito para ter as coisas só para a gente. Sejam objetos, pessoas ou qualquer outro tipo de conquista.
Ao olhar o mundo por meio dessa ótica, você também constata que nem todos têm as coisas que gostariam e conclui que vive em uma realidade escassa em que é preciso competir e continuar brigando para obter aquilo que almeja.
De tanto pensar dessa forma, a uma determinada altura você já está cansado. Só de pensar no alvo, você desanima. E também começa a titubear e de ter dúvidas se realmente poderia conseguir aquilo que tanto quer.
E esses pensamentos e sentimentos geram uma sopa química de tensão, medo e paralisia, altamente temperada de adrenalina, que é captada pelo cérebro, com a informação, de que você está em perigo. Como o cérebro é a central operacional do seu corpo, ao emitir essa informação, você começa a entrar em uma espiral descendente de medo, dúvida, incerteza e falta de confiança.
Fica por algum tempo nesse estado de torpor, mas se tiver sorte, rapidamente se recompõe, ao pensar: – Pera aí! Ainda estamos em janeiro. Eu não posso entrar nessa. Preciso reagir, pois tem tantas e tantas coisas que quero fazer e realizar.
E, então, você respira e decide sair dessa cilada, tentando compreender como pode manter-se focado e confiante.
MAIS DE ANA PAULA BORGES
– Navegar é preciso, viver também é
– Não se demore: hoje é o melhor dia para o “eu te amo”
– Desista de complicar: valorize a simplicidade
Cilada 2: acreditando que tem algo errado com você
Voltando a se sentir animado, você está convicto de que quer ir em busca do que lhe falta. Cheio de motivação e disposição, você começa a pensar sobre o que não tem e o problema que precisa ser solucionado para que se sinta mais feliz e completo em sua vida. Você está resoluto em ir atrás do que lhe falta.
E então, você começa a pensar, sentir e falar sobre essa “tal” coisa que precisa acontecer ou chegar. E quando você faz isso, volta a cair em uma nova cilada, mas agora com outra roupagem. Não está mais no lugar da pouca confiança, do desânimo ou do medo, mas sim, no lugar da falta, o que acaba te afastando ainda mais da ideia da energia do todo unificado.
Buscar a autoconsciência e refletir sobre nossos desafios e oportunidades de melhoria faz parte da jornada, mas não pode ser o principal objetivo de nosso percurso de autoconhecimento. Se agarrar ao que nos falta, ao erro, a lacuna e a incompletude nos tira do movimento e nos faz perder potência de realização.
Ao invés de focar no que ainda não temos, deveríamos usar nosso tempo e nossos recursos para nos conectar com o todo, com a energia única e primordial. Mais do que ir a um terapeuta para tentar entender por que somos ciumentos ou desmotivados, deveríamos ir a um profissional para que ele nos ensinasse a relembrar como é se sentir confiante ou cheio de motivação.
Essa mudança de paradigma muda tudo. Muda toda o nosso conjunto de crenças e, portanto, nossa realidade.
Mais do que pensar com a cabeça sobre o que não está certo e por que não dá certo, deveríamos sentir com todo o coração o que desejamos alcançar. Amor, alegria, gratidão, contentamento, carinho, apreço, cuidado.
Isso nos traz para o presente e cria um caminho real para o futuro, pois nos conecta com a criação.
Quando estamos frequentemente imersos em dúvidas, elaborando porquês e infinitas questões, voltamos nossa atenção para o que não dá certo. E isso se transforma em uma âncora que nos diz que ainda há muito trabalho a ser feito para conseguirmos algo, caso contrário, já teria chegado.
Usando o coração para amplificar nossos desejos
Da mesma forma, que o cérebro tem neurônios, o coração também tem.
Sim, nosso coração é inteligente e, portanto, interpreta, decodifica e emite informações. E mais, o campo eletromagnético desse músculo pulsante é 5000 vezes mais poderosos magneticamente do que o cérebro. Ou seja, a informação que emitimos com o coração é muito mais potente do que a informação que emitimos com a mente.
E por que saber disso é importante?
Porque explica o motivo de a gente não precisar saber exatamente o formato e a trilha para se chegar aos nossos desejos para se efetivamente chegar lá. É mais simples do que isso. Basta você começar a sentir com todo o seu coração que já tem o que tanto almeja, que a mágica começa a acontecer. É como se você se tornasse um ímã de seus anseios mais profundos e verdadeiros.
Cocriando a sua realidade
Os estudos de mecânica quântica também já nos mostraram que a realidade não é estanque e que tudo muda a partir do olhar do observador. Se o observador olhar com medo, a realidade será de medo, fuga, luta, competição e escassez. Já se o observador olhar com amor, confiança e sentindo de pertencimento, a realidade será assim. Ou seja, a forma como vemos e principalmente como sentimos o mundo, altera a realidade.
Sempre que sentimos, nosso sentimento se conecta com a matriz, que é o campo de energia una, que transforma a matéria.
Então, se você quer mudar ou alcançar alguma coisa em sua vida, mais do que pensar sobre o que falta, precisa começar a sentir a nova vida.
Há uma conversa ininterrupta entre nosso cérebro e coração, que na grande maioria das vezes possui uma forma truncada. Enquanto o coração diz eu gostaria, o cérebro coloca uma série de senãos e empecilhos. Será que você quer mesmo, pode, deveria, consegue, merece, é capaz?
E quando emanamos esse descompasso de informação, continuamos cocriando dificuldades, limitações e dúvidas. Não só para as nossas vidas, mas para todos. Isso é o que chamamos de emaranhamento. Nós criamos a realidade o tempo todo, não só para nós mesmos, mas para todas as pessoas e seres.
Por isso, o que fazemos pelo outro, fazemos por nós. E vice-versa.
Para que a conversa entre o nosso coração que é aventureiro e corajoso e o nosso cérebro que é mais calculista e é metódico seja coerente, mas do que ficar falando coisas positivas, é preciso sentir. Sentir o que você deseja.
Temos que calar temporariamente a mente, que duvida, que julga, que critica, que analisa e se conectar ao coração com a nossa melhor intenção.
E é isso que eu gostaria de propor que você fizesse hoje.
Que meditasse como se tudo o que mais desejasse já tivesse sido atendido. Não é para pedir nada, pois se assim for, continuará conectado com a falta. E sim, para agradecer por já estar vivendo essa experiência.
E isso não é pensamento positivo, não é barganhar ou querer controlar o universo e, sim, se silenciar para entrar em comunhão com a mais elevada vibração que há, que no final é amor. Amor, amor e amor. Energia e informação que é início, meio e fim de toda a criação e manifestação.
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