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O segredo para encontrar a sua casa dos sonhos
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Manhã de sábado. À primeira vista nada de especial. Tomei café da manhã demorado conforme me preparava para ver a casa em questão. Tinha uma visita agendada

Para quem me conhece assim mais de pertinho sabe que sou apaixonada por casas. E pelo meu sonho de ter uma. Das mais antigas de preferência. Em outras palavras, uma casa que me traga memórias do lugar que passei minha infância.

Cheguei no local que havia combinado com a corretora antecipadamente. Olhei para a casa e percebi que o céu azul realçava seu formato. Térrea. Branquinha. Daqueles formatos de casinhas que a gente desenha quando é pequena. 

Telhado duas águas, em forma de V ao contrário. Uma porta e uma janela veneziana ao lado. Portão baixo, branquinho também e todo torneado. Através dele um jardim, que com certeza um dia houve flores e árvores. 

Entrei. 

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Lembranças da casa que vivi na infância

Andei com carinho por cada cômodo dessa casa, e daquela que já tinha desenhado mil vezes no papel e na minha mente. Lembranças. De uma vida simples de infância

O piso de taco aplicado como um desenho de colmeia, me lembrou do piso da casa que morei quando pequena. Eu ficava cismada com a tridimensionalidade que aquele desenho formava, que acontecia pelos diferentes tons de madeira aplicados de maneira sequencial. 

Na cozinha e no banheiro, azulejos quadrados em um tom de amarelo vintage, arrematados por um barrado de azulejos retangulares menores na cor preta. Originalmente aplicados em meia parede. Intactos. 

O pé direto alto, assim como os quartos grandes acompanhavam o tamanho de casa mais antiga. As janelas com vistas voltadas para o quintal gramado, fez tudo ficar mais acolhedor e ensolarado. 

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Uma nova forma de enxergar a sua casa dos sonhos

O ato de ver é uma atividade surpreendentemente subjetiva. Estamos equipados fisiologicamente para registrar formas, cor e profundidade, porém interpretamos essa informação de forma psicológica. Assim comecei a me enxergar ali. Como um bordado que a cada alinhavo vai revelando o desenho. 

Para muitas pessoas não existiria nenhuma chance de se ver morando em um lugar que parou no tempo. Entretanto, no momento que entrei naquela casa, tomei a decisão de ver o lugar pelas lentes da memória. Com os sentidos do coração. Conectando do jeito que realmente sou. Assim poderia amá-la do jeito que ela realmente é. 

Aos poucos os ambientes seguiam se formando na minha imaginação. Já conseguia visualizar os móveis em seus lugares. Ouvia as conversas, as risadas. Sentimentos de alegria e saudades

Quando resolvi encarar com amor o que me cercava os olhos, passei a me comunicar positivamente com a estrutura do lugar. Isso me proporcionou uma energia positiva muito grande. A emoção veio. Não tinha como não se apaixonar. Senti que ela estava pronta para me receber. E eu a ela.

Minha gente, a vida é engraçada 

Desde muito tempo eu procuro esta casa. Um lugar que por muitas vezes pensei existir somente nas minhas lembranças ou em sonhos. Algo que sempre idealizei. Que esperei por anos. 

Porém em contrapartida, mesmo diante de tentativas frustradas eu não desisti. Ela permanecia guardada dentro de mim. Bastou mudar meu olhar para reconhece-la.

Aprendi com a vida a aceitar que coisas assim chegam somente no dia em que estamos prontos. Não adianta insistir. 

Hoje estou aqui dentro dela e através da janela enxergo meu jardim. Ao mesmo tempo que escrevo para vocês ainda meio sem entender como coisas assim acontecem na vida de uma hora para outra. 

Bastou um olhar. De forma divina. Em um dia de sol como outro qualquer. 

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