A Síndrome do Ninho Vazio e a arte de deixar seu filho voar
Mães de adolescentes enfrentam um "ensaio" constante da Síndrome do Ninho Vazio, quando os filhos se preparam para sair de casa. Veja como lidar com a futura separação.
Acho que provavelmente todo mundo que passeia por essa coluna já ouviu falar da tal Síndrome do Ninho Vazio.
Seja em um dos vários filmes americanos que falam do tão temido empty nest, em conversa de comadre, em livros ou aqui por essa internet de meu deus, a verdade é que com ou sem esse nome bonito toda mãe já ensaiou pensamentos sobre o momento em que suas crias vão bater asas e sair de casa.
A gente sabe que isso é muito particular para cada família. Tem quem saia aos 18 e só visite uma vez por ano, e quem fique na aba dos pais até “adultecer”. No fim, não tem muita regra, a não ser a única regra: vai doer.
Como a mãe de adolescente experimenta a Síndrome do Ninho Vazio
O negócio é que, como não tem regra e está mais que provado que a gente não controla nada, mães de adolescentes sentem um sabor diferente desse porvir…
Quando você tem um exemplar adolescendo em casa, todo dia é um ensaio para o ninho vazio, e a verdade é que qualquer momento corriqueiro já tem gosto de despedida.
– Filho, vamos ver aquela série?
– Hoje não, mãe, tenho muita coisa da escola para fazer.
– Vamos comer o hamburgão que você ama?
– Putz, já tinha combinado com a galera, outro dia a gente vai.
Veja bem, esse não é um momento drama mom do tipo meu-filho-não-quer-fazer-nada comigo.
Ele quer, ele faz, e ele até vai comer o hamburgão com você dali 2 dias, mas os momentos de disponibilidade da criatura para o ninho começam a ralear e sem que você perceba rola um “desmame” daquele tão antes lugar conhecido.
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Já dizia algum poeta anônimo de internet que eu não lembro o nome:
A maior missão de um pai é preparar seus filhos para não precisarem dele.
O mais difícil da missão é ver que ela funcionou.
Estou fechada com esse autor sem nome, fazendo de tudo para que meu filho voe, mas secretamente rezando para que demore muito.
E, enquanto o muito não chega, a gente vai assim, entre “hoje não” e um hamburgão, andando juntos e de mãozinhas bem dadas com as despedidas.
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