Confira entrevistas com autores prestigiados da literatura na Vida Simples
Conheça as histórias, narrativas e inspirações de importantes escritores da literatura entrevistados pela Vida Simples.
A literatura desempenha um papel fundamental no desenvolvimento pessoal, guiando indivíduos na busca pelo propósito da vida e promovendo o autoconhecimento. Por meio das páginas de um livro, mergulhamos em mundos imaginários, exploramos diferentes perspectivas e nos conectamos com personagens complexos. Os livros nos desafiam a refletir sobre questões existenciais, despertando emoções e incentivando o pensamento crítico.
Ao nos identificarmos com os protagonistas das histórias, podemos encontrar inspiração e coragem para enfrentar nossos próprios desafios. A literatura expande nossos horizontes, nos levando a compreender outras culturas e realidades, desenvolvendo empatia e tolerância.
Através da leitura, somos convidados a refletir sobre nossas próprias experiências e crenças, confrontando-nos com ideias e valores diferentes dos nossos. Esse confronto nos permite questionar e reavaliar nossas convicções, promovendo o crescimento pessoal e a busca por um propósito mais profundo na vida.
A literatura também nos auxilia a explorar o mundo interior, pois nos confronta com personagens que enfrentam desafios semelhantes aos nossos. Ao nos identificarmos com suas jornadas, podemos encontrar respostas para nossas próprias dúvidas e incertezas, promovendo um maior autoconhecimento.
Por isso, reunimos nesta matéria entrevistas com escritores prestigiados na Vida Simples. Nas próximas linhas, vocês poderão conhecer as histórias, inspirações e trabalhos de Mia Couto, Carla Madeira, Rita Monte, Valter Hugo Mãe, João Anzanello Carrascoza, Ana Claudia Quintana Arantes, Ana Mi e Dante Gallian.
Mia Couto
Quem lê sua obra não imagina que, por detrás do livro, existe um homem extremamente atencioso com seus leitores e pessoas que o interpelam. Encanta-se com as crianças e com os jovens que o param na rua de Maputo, com um livro seu debaixo do braço. Esta entrevista, feita por e-mail, porque a agenda do escritor não nos deu a possibilidade do encontro virtual, não significou frieza e distância.
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Carla Madeira
O encontro de Ana Holanda com a escritora mineira Carla Madeira aconteceu, primeiro, pelos livros. Suas obras, “Tudo é Rio” e “A Natureza da Mordida”, têm a capacidade de fazer morada dentro da gente. Reverberar. “Não consigo ser leve. Tenho essa necessidade de ser profunda”, comentou ao longo da nossa conversa.
Filha de pai matemático, Ulisses, com uma mãe que não tinha completado o fundamental, Irlanda, a escritora é uma combinação bem dosada dessa raiz cheia de aparente ambiguidades.
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Rita Monte
Rita carrega uma sensibilidade valiosa que desperta novos olhares para o que é o feminino, essa potência que não se aprende em manuais, mas que se sente, no corpo, num lugar profundo. Formada em psicossíntese e Fenomenologia Goetheana, desde 2006, ela já trabalhava com desenvolvimento e expressão de potencialidades, mas, em 2014, decidiu se dedicar exclusivamente a mulheres.
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Valter Hugo Mãe
Valter Hugo Mãe tem fala generosa e suave, envolvida em um sotaque português que seduz os ouvidos. Traz em suas palavras precisas a poesia e a filosofia sobre a vida, além do bom humor ao falar sobre si mesmo. Desde garoto quis ser poeta, mas foi surpreendido pelo dom para a prosa quando escreveu seu primeiro romance. “A gente tem que aprender a ser o que é”, diz o escritor, em tom sereno de quem compreendeu que suas histórias são como poemas, só que mais longos.
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João Anzanello Carrascoza
João Anzanello Carrascoza tem bibliografia extensa. O primeiro texto literário veio ao mundo quando ele era um garoto de 16 anos. Depois disso, caminhou pela literatura infantil e, mais para a frente, pela adulta. Ganhou prêmios importantes, como o Jabuti e o Guimarães Rosa, mas nenhuma honraria fez com que se perdesse do menino que um dia foi.
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Ana Claudia Quintana Arantes
“A morte me ensina muito sobre a vida.” A médica paulista Ana Claudia Quintana Arantes adora dizer isso. Geriatra, especializada em cuidados paliativos, ela acompanha os últimos dias de pacientes terminais, pessoas que estão sem perspectiva de cura e cujo organismo não responde mais aos tratamentos.
Na sua rotina, Ana Claudia ajuda a minimizar a dor física e o sofrimento nesse momento delicado e acompanha seus pacientes até o último suspiro. Seu trabalho rendeu uma palestra sobre a morte ou “um dia que vale a pena viver”, no TEDxFMUSP, conferência que tem como objetivo espalhar boas ideias.
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Ana Mi
“Você pode não ter mais nada para fazer pela doença, mas, pelo ser humano, sempre terá o que fazer”, diz Ana Michelle Soares (in memoriam), ou Ana Mi. Aos 32 anos, as imagens da ressonância magnética de abdômen superior acusaram metástase em seu organismo. Quatro anos antes, tinha sido diagnosticada com câncer de mama. Agora, era considerada uma paciente paliativa pela medicina, o que quer dizer que não havia mais possibilidade de cura para sua doença.
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Dante Gallian
Foi o avô, um ex-combatente da Guerra Civil Espanhola (1936-1939), quem aflorou a paixão pelos livros no menino Dante. “Meu avô não terminou o curso primário, mas era um grande autodidata e um apaixonado pelos livros. A única coisa que ele conseguiu trazer da Espanha para o Brasil foi sua pequena biblioteca, com autores como Pablo Neruda, Antonio Machado, Cervantes e alguns poetas espanhóis”, conta Dante, que aos 13 anos – e por insistência do avô – leu Dom Quixote de La Mancha, um clássico escrito, no início do século 17, por Miguel de Cervantes.
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