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Cinco passos para fazer as pazes com seu corpo
Caroline Veronez/Unsplash Como fazer as pazes com o espelho
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Neste artigo:

Encarar a imagem do corpo refletida no espelho para muitas mulheres pode ser um momento de estresse, ansiedade ou, até mesmo, tristeza. Quem nunca pensou que estaria melhor com uns quilos a menos ou deixou de usar uma peça de roupa por não se sentir nos padrões? Com as redes sociais, essa cobrança pelo corpo perfeito se tornou mais intensa. Já parou para pensar por que esses corpos são considerados “perfeitos”? Por que assumimos essa ideia de que existe só um tipo de beleza?

E que tal mudar o foco, em vez de mergulhar em dietas da moda, fazer tratamentos dolorosos, você aceite o desafio de se olhar de outra forma? Ter um olhar mais carinhoso com o próprio corpo, encarar a imagem refletida no espelho de forma mais respeitosa pode elevar sua autoestima, seu amor-próprio e tornar a vida mais leve. A questão é: como conseguir fazer as pazes com o espelho?

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“Temos uma geração que cresceu seguindo padrões de beleza das princesas da Disney e a Barbie, hoje já percebemos mudanças, com essas bonecas produzidas com corpos diferentes e a esperança é que as novas gerações tenham outras referências, embora a gente tenha de travar uma luta com as redes sociais”, explica a psicóloga Liliane Davidson. “É preciso entender como esse conceito de beleza construído ao longo dos anos pelas propagandas e mídia para poder romper com essa norma para aceitarmos que os nossos corpos são bonitos como são.”

O primeiro passo é entender o que é um corpo bonito.  Beleza é um conceito subjetivo, que varia com o tempo. A ideia de um corpo bonito que temos hoje foi criada por um mercado de moda que é predominantemente masculino, muitas vezes machista. “Um modelo inalcançável para as pessoas reais, tanto para aquelas com sobrepeso como as mais magras, que não se sentem confortáveis com seus corpos por não terem as medidas estabelecidas para busto ou quadril, por exemplo”, explica Liliane. Entender essa construção é uma maneira de se livrar dessas amarras, abre espaço para entendermos que corpos são diversos e belos na sua diversidade.

Fuja dos conteúdos tóxicos.  Parou para pensar por seguimos determinadas pessoas nas redes sociais? Seguir pessoas que trabalham em função da própria imagem não é uma boa ideia. É preciso entender que esse influencer provavelmente segue uma dieta e malha horas a fio por dia, o que é irreal para quem precisa trabalhar, estudar e desempenhar os mais diversos papeis ao longo do dia. É preciso abandonar essas referências, deixar de seguir essas pessoas que cultuam o próprio corpo, que pregam dietas milagrosas e buscar outras fontes, que apresentem padrões de beleza.

Fazer bom uso das redes sociais. Não é possível entrar numa caverna, as redes sociais fazem parte da nossa vida, a grande questão é como acolhemos as informações que estão ali. A dica é buscar a diversidade, novas ideias e maneiras mais saudáveis de lidar com a própria imagem.

Considerar a diferença entre saúde e padrão de beleza. “A ideia de que uma pessoa magra é saudável pode não ser verdadeira assim como a ideia de que uma pessoa com sobrepeso seja uma pessoa não saudável, é preciso desvincular a ideia de que só aquele corpo padrão tem saúde”, destaca a psicóloga. A magreza pode esconder, por exemplo, transtornos alimentares. Precisamos fazer as pazes com nosso corpo, entendendo que é um corpo real, desconstruindo a ideia de que só existe um modelo certo e entender que temos de cuidar da saúde sempre, independente de padrões.

Autoconhecimento. Após entender como esses padrões de beleza foram criados, temos de entender porque aceitamos essa imposição, por que assumimos esse padrão como nosso? Para fazer as pazes com o espelho é preciso buscar o autoconhecimento e resgatar o amor-próprio. Com uma atitude mais respeitosa consigo é possível ter uma vida mais leve e feliz.

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