Como cuidar da saúde nos dias quentes
Alimentação, hidratação, proteção da pele e dos cabelos: veja dicas para ficar bem quando está calor
Apesar do que diz o calendário, onde há marcação para o início e para o término de uma estação, no Brasil as características climáticas se confundem. É frio no verão, calor no inverno. Mas com predominância para os dias quentes! E no calor o corpo precisa de cuidados integrados para continuar funcionando normalmente.
Veja abaixo dicas do que fazer para que sua saúde fique em dia. Mas lembre-se: ao sinal de que algo não está certo, procure o seu médico de confiança.
Pele
- Nos dias quentes, tendemos a ficar mais expostos aos raios solares. Sob o Sol, aumentam os riscos de queimaduras, câncer de pele e de envelhecimento precoce da pele. Por isso, é preciso investir na hidratação, ingerindo bastante líquido. O uso do protetor solar torna-se ainda mais obrigatório (prefira os com FPS 30 ou superior e com proteção UVA e UVB, aplicando a cada duas horas). Se possível, evite estar nas ruas nos horários mais quentes (entre às 10h e às 16h). Chapéu de aba larga, óculos de sol, camisa de proteção UV e ficar sempre à sombra também são úteis.
- Para quem tem a pele mais oleosa, característica acentuada no verão, a dica é usar sabonetes que contenham ativos que ajudam no controle da oleosidade (no máximo três vezes ao dia). Depois, aplique um tônico, seguido por um hidratante específico para pele oleosa. E, para finalizar, o protetor solar para seu tipo de pele.
- Outro problema comum no calor são as micoses – elas surgem por conta do aumento de suor e também das visitas mais frequentes a locais públicos, como praias e piscinas. O mais indicado para evitar o problema, é manter sempre seco as áreas de dobras, principalmente entre os dedos e virilha, para evitar frieiras e fungos.
- Pele e cabelo tendem a sofrer com o ressecamento após temporada de água do mar e piscina com cloro. A dica é hidratar bem o corpo após o banho. Para o cabelo, usar leave-in com protetor solar na fórmula. Ao sair, lave o corpo e o cabelo em água corrente.
- Algumas pessoas sofrem com o suor excessivo no verão. Nesses casos, evite alimentos com pimentas, canela, gengibre e cafeína. Se possível, também deixe de praticar atividade física em horários mais quentes do dia.
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Alimentação e hidratação
A reposição de líquidos é essencial para manter a saúde e as funções básicas do organismo, promover síntese proteica e crescimento muscular, regular a temperatura corporal, desintoxicar o organismo, levando embora metabólitos indesejáveis pela urina, absorver e transportar os nutrientes, além de auxiliar no emagrecimento. Pessoas desidratadas apresentam menor volume de sangue que o normal, o que pode comprometer o funcionamento do coração. A falta de água pode causar fraqueza, tontura, dor de cabeça, fadiga, e levar ao comprometimento dos rins.
Aposte na ingestão de frutas e vegetais frescos, que além de serem ricos em água, perdem menos nutrientes pela ação do tempo e das variações de temperatura geradas pelo cozimento, resfriamento ou congelamento. Consumir o mínimo de 200 gramas de vegetais pode reduzir problemas cardíacos, acidentes vasculares cerebrais (AVC), câncer, entre outros. Dietas ricas em vegetais e frutas são favoráveis à perda de peso, caso seja seu objetivo, uma vez que estes alimentos são ricos em fibras que aumentam a saciedade.
Cuidados especiais na longevidade
Os idosos precisam de um cuidado especial com foco na ingestão de líquidos. Por questões próprias da velhice, tendem a sentir menos sede e, com isso, muitos deixam de beber a quantidade de água necessária para repor os líquidos ao longo do dia, aumentando o risco de desidratação. Soma-se a isso o fato de muitos usarem medicamentos rotineiros que têm efeito diurético. Os sinais da desidratação no idoso podem aparecer de diversas maneiras: sonolência, corpo mole, desânimo. Por isso é importante ter cuidado reforçado com a hidratação – e estimular que eles bebam água.
Juliana Toma (@drajulianatoma), dermatologista, pós-graduada em Oncologia Cutânea (Hospital Sírio Libanês) e Fellowship em tricologia (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP); Natan Chehter, geriatra membro da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia e do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo; Lícia D’ Ávila, nutricionista, especialização em nutrição funcional (Instituto de Nutrição Avançada), e especialização em imunologia (Harvard Medical School).
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