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Nilton Bonder convida para o despertar da consciência
Leo Martins
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Novamente, o rabino Nilton Bonder aborda temas complexos e nos convida à reflexão, usando conceitos sofisticados da Cabala e analogias esclarecedoras em Cabala e a arte de presenciar o ritmo (Rocco). Desta vez, Bonder analisa o tempo, esse elemento misterioso, que desde os primórdios instiga e desafia pensadores ao longo da História, e o ritmo que, segundo o autor, é a capacidade humana de perceber o tempo.

De todo o Universo conhecido, apenas o homem parece ter se desconectado da Natureza e, por isso, sem sabê-lo, ele sofre. Somos convidados a ouvir uma sinfonia – a sinfonia da vida, e Bonder nos mostra as diferenças entre melodia, harmonia e ritmo, lançando mão de uma análise cabalística dos Quatro Mundos. O ritmo da vida sugere transformações, e só uma pessoa consciente consegue entrar em sintonia com o ritmo da vida.

O livro ensina que o presente não é uma simples sequência de “agoras”, mas uma complexa relação de transformações que vão moldando a realidade tal como a conhecemos. Ele mostra a necessidade de estar consciente (estar vivo em um dado momento) e a importância de se entender que só as escolhas são a força que pavimenta a estrada que nos conduz pela vida (e que o não escolher também é uma decisão!). Isso nos ajuda a refletir de forma mais profunda, mas também, mais esclarecedora. Assim, o passado e o futuro não podem ser moldados; só temos o presente, e apenas se estivermos conscientes disso.

Capa do livro com cor cinza, ilustração de um objeto não identificável na lateral esquerda e título do livro em cor azul. Cabala e a arte de presenciar o ritmo é o mais recente livro do rabino Nilton Bonder publicado pela Editora Rocco. Foto: Divulgação

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Despertar a consciência

O passado não deveria ser confundido com o presente, mas há muitos que o “vivem”, e assim não se dão conta que se encontram desconectados do único momento que de fato existe: o agora. A preocupação com o passado pode ser trabalhada, ensina o livro, mas de nada adianta sentir-se ansioso ou preocupado com o porvir, uma vez que o futuro é incerto, e não o viveremos, porque está sempre em nossas projeções.

O livro nos convida a valorizar o momento presente, sendo a verdadeira presença, a que vivemos com consciência, com discernimento. Como um poderoso tambor que bate fundo dentro de nós, como um chamado a nos despertar para uma realidade maior e além da nossa percepção, entendemos que precisamos estar mais conscientes do momento presente, momento único em que nos é dado fazer escolhas.

Como um inspirado e experiente maestro, Bonder nos convida para o despertar da nossa consciência, para que possamos de fato viver o presente, como se nos convocasse para que, todos juntos, toquemos a mais bela sinfonia, a valsa da vida.

Lançando luz sobre o passar do tempo através dos ciclos da semana e dos meses, por exemplo, Nilton Bonder revela sua erudição e sua habilidade em traduzir em ideias claras, por exemplo, o que realmente significa a pausa e sua relação com o Shabat.

Assim como toda música tem melodia, harmonia e ritmo, pausas e fim também são elementos que a integram. As arritmias são desarmonias, e o autor analisa as variadas formas que podem afetar o ser humano. Como toda vida tem um processo, a morte também é abordada e com muita habilidade. A relação entre morte e tempo nos é descrita com a simplicidade que só os eruditos possuem.

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DAVID HUGO PECZENIK é judeu, teve o primeiro contato com a cabala aos 8 anos, por meio do avô materno. Desde 1998 ministra palestras e cursos sobre o tema. Seu perfil no Instagram é @opomardosaprendizes

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