Em busca de equilíbrio
É quando olhamos para as nossas emoções sem um ideal permanente de serenidade que podemos caminhar mais estáveis e em equilíbrio.
1/1/1970
11 min de leitura
Gosto de andar pelo meio-fio ou de seguir os desenhos geométricos de algumas calçadas. Nos percursos curtos, às vezes sinto meu corpo tender para um lado, depois para o outro e, para não cair nem tropeçar, preciso abrir um pouco os braços e só então consigo me equilibrar direito. Quando me concentro no caminho, já com o corpo mais ereto, menos tenso e mais leve, dou passos um pouco mais seguros, sem o medo de escorregar ou de ultrapassar o limite desenhado pela minha imaginação. Logo, ao voltar para o fluxo natural da minha caminhada, sem dar mais tanta atenção à calçada e seus obstáculos, percebo os pensamentos novamente voando longe e, quando dou por mim, já estou em uma travessia diferente. Faço essa brincadeira simples desde criança e sempre achei divertido identificar como nos movemos e também como o equilíbrio que me sustenta muitas vezes mora dentro da minha cabeça, na forma como conduzo os meus próprios passos.
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