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Quando largar o osso: desistir pode abrir novas possibilidades
Pedro Farto/Unsplash
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Eu também já desisti. Era o emprego dos sonhos. Eu, estudante de jornalis­mo, desde a adolescência vislumbrava a possibilidade de trabalhar naquela empresa, tão prestigiada no ramo da comunicação.

O processo seletivo durou meses, com várias entrevistas. A cada etapa, um frio na barriga: será que vou conseguir essa vaga? Quem fica à espera do re­torno de um recrutador sabe o que é atender a toda e qualquer chamada de telefone.

Aguardei por semanas… Até que, um dia, ela ligou. A moça do RH me parabenizou pela aprovação e combinamos meu início. Eu tinha con­seguido!

Ao longo dos meses, o trabalho, que parecia tão incrível no começo, colocou-me em uma rotina insana de demandas sem fim. A jornada diária se arrastava para muito além do acordado, me distanciando da minha fa­mília e dos meus amigos – e de tantos outros interesses que faziam minha alma brilhar.

Eu me vi apagada – e in­feliz. Como, se era a vaga dos sonhos de tanta gente? Pedi demissão me sentindo quase uma ingrata por desperdi­çar aquela oportunidade.

Largar o osso faz parte da jornada

Foi quando entendi que, mais do que persistir, desistir de algo também pode ser muito bom. O alívio que apaziguou o buraco no meu estôma­go – de angústia, não de fome! – só confirmou o que o coração já sabia.

Às vezes, é isso: a gente precisa apren­der a largar o osso. Seja em um trabalho em que não há perspectiva de mudança, seja em uma relação amorosa na qual tudo já foi feito pelo par, ou em um objetivo que perdeu o sentido.

SOBRE O TEMA

Persista, mas com equilíbrio: veja quando é hora de continuar ou desistir

Persistir é ter sabedoria para reconhe­cer até quando vale tentar. Abrir mão também é abrir novas possibilidades. Em tempos cheios de cobrança por resultados imediatos e uma vida de sucesso, quem não se deixa levar pelas aparências alheias e persevera, em seu próprio caminho, descobre que fracassar, desis­tir e recomeçar são parte da jornada.

O mais importante é apreciar quem a gente se torna enquanto isso.

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Conteúdo publicado originalmente na Edição 261 da Vida Simples

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