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Os aprendizados de uma exaustão
(Foto: Nick Karvounis/Unsplash)
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Estava com saudades de nossos papos aos domingos. Mas precisei dar uma parada repentina em tudo que estava fazendo para cuidar de minha saúde. Depois de muitos dias com uma dor de cabeça que não passava, a dra Thais Linder, que cuida de minha saúde mental há alguns anos, me disse: “Lu, você está com exaustão mental. Precisa descansar”. Esta exaustão tem o nome técnico de burnout.

Além das dores de cabeça e a memória com falhas, o corpo fica afetado também, com baixa imunidade. Conversei com meu time que, imediatamente, se prontificou a assumir atividades para que nada parasse e me desliguei de absolutamente tudo.

Burnout surge pela exaustão emocional

Posso estar enganada, mas não acho que o burnout tenha como causa apenas o trabalho. No meu caso, venho de vários momentos de muitas mudanças, desafios, transformações pessoais que me exigiram muito emocionalmente. E nunca parei de verdade; foram apenas dias picados de folga. Como somos seres integrais e não podemos separar o corpo do que acontece dentro de nós emocionalmente, uma hora a conta chega.

Reconheço que fui além da conta e que não dei limites a mim mesma. E, hoje, neste retorno, gostaria de compartilhar alguns aprendizados dessa experiência:

  • Seu corpo é soberano, não deixe de ouvir o que ele diz. Uma dor, por menor que seja, precisa de cuidados. Se ela não passar, procure atendimento médico;
  • Não se culpe pelo que aconteceu. Mulheres, em especial, há momentos que não damos conta mesmo. E tudo bem;
  • Defina limites objetivos para si mesmo e seja fiel a eles;
  • A vida acontece aqui fora, não nas redes sociais. Experimente ficar longe das telas um pouco – você não voltará igual;
  • Passe um tempo numa livraria, aprecie a capa dos livros. Queira comprar todos, mas se abstenha com um apenas!
  • Veja um filme numa sessão da tarde e sem culpa. Faz um bem danado à alma.

À medida que minhas dores de cabeça melhoraram, depois de ajustes na medicação, descanso e sessões de acupuntura, também fui reconhecendo muitos dos meus padrões. Essa parada compulsória foi necessária para aprimorar ainda mais o conhecimento daquilo que quero e que não quero mais para mim. Do que posso mudar e do que não está ao meu alcance. Do alívio que é perceber que sempre podemos renascer e nos transformar!

Desejo que nesta semana você possa assistir uma sessão da tarde ou ir a uma livraria, no meio do expediente, e não se culpar. Às vezes, o que precisamos é disso mesmo! E, ainda, sair rindo sozinha ou sozinho por aí, feliz com sua própria companhia!

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Conteúdo publicado originalmente na newsletter da Vida Simples. Cadastre-se para receber semanalmente em seu email a newsletter Simplesmente Vida, com cartas exclusivas de Luciana Pianaro, CEO da Vida Simples.

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