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O valor do tempo: como você tem vivido os minutos do seu dia?
RODOLFO BARRETO
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Dos bons e animados assuntos em qualquer roda, conteúdos de streaming integram a lista top5! Alguém disposto a indicar algo encontra alguém a fim de escutar dicas. Logo ao lado há outro alguém sem o hábito de assistir filmes, séries, escutar podcasts. Ali juntos, e o papo já flutua pelo ar.

Sou daquelas pessoas que quando assiste uma série perdem o bom senso no uso das horas. Para evitar esse hábito, penso sempre: o tempo é um só. Basta o ponteiro menor do relógio completar suas vinte e quatro voltas para que aconteça a troca de plantão dos dias.

Sobre o vício de assistir a séries e suas consequências

Há algumas semanas me vi gastando quase duas horas diárias com uma série com jeito de novela. Boa trama, fotografia linda, elenco impecável. Viciei. A conta desse meu grude noturno numa plataforma de streaming chegava logo cedo, diariamente, na preguiça de me levantar.

Essa conta, às vezes, se estendia. Numa dessas manhãs, refletia sobre os capítulos que assistira na noite anterior, quando caiu a ficha: investia um considerável tempo do meu dia para assistir algo que sequer deixava boas energias, conhecimento ou qualquer outra sensação positiva.

Entre um bocejo e uns goles do café quente, pensei nas tais escolhas diárias. Nos mesmos 120 minutos posso consumir um conteúdo que não me agregue absolutamente nada, ou posso ler, escrever, talvez tricotar, tomar sorvete com minha mãe, dar um rolê de kombi para ver o pôr do sol. Ah… tantas coisas bacanas para fazer!

Liguei o pisca alerta da razão. Percebi que saber o final da série me custaria um preço alto, e que priorizar a mim mesma seria um gol no jogo da vida!

Um olhar generoso para os minutos do nosso dia

Tenho consciência de que ponderar como uso meu tempo me auxilia na manutenção de coisas boas ao longo da semana. Observar que as horas usadas num programa ruim podem ser investidas num filme, num livro, num papo bom ao redor de uma mesa, num silêncio, numa música.

Precisamos entender que, mais importante do que ganhar tempo, é consumi-lo com qualidade.

Aprender a resumir, abstrair, simplificar aquilo que pouco agrega à vida. Priorizar o uso desse tempo economizado com momentos de lazer, cultura e prazer, não apenas com obrigações. Se permitir pausas e detox quando a mente é invadida por infinitos pensamentos paralelos.

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Para perceber a importância de um olhar generoso ao nosso próprio tempo, transcrevo as palavras de Mário Quintana no poema Seiscentos e sessenta e seis (também conhecido como O tempo):

A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.

Quando se vê, já são 6 horas: há tempo…

Quando se vê, já é 6ª feira…

Quando se vê, passaram 60 anos!

Agora, é tarde demais para ser reprovado…

E se me dessem – um dia – uma outra oportunidade,

eu nem olhava o relógio

seguia sempre em frente…

e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.

É hora de entender o valor do tempo

Sobre o valor do seu tempo, promete para mim que vai pensar a respeito?

Beijos meus!

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