COMPARTILHE
Halloween: a energia do medo precisa ser transformada em luz
David Menidrey/Unsplash
Siga-nos no Seguir no Google News

Fantasmas, caveiras, cabeças rachadas, covas expostas. Essas foram algumas das imagens que ornamentaram empresas, comércios, restaurantes e outros lugares devido ao Halloween, festa macabra im­portada dos Estados Unidos.

Ainda tivemos uma penosa transição em novembro para chegarmos às luzes de de­zembro com suas promessas de verão.

Sou uma pessoa sensível aos ritos. Meu povo e minha cultura ancestral são muito ligados ao poder e reconhecimento que eles operam.

Além disso, os ritos possibi­litam a expressão ética da inclusão das di­versidades de manifestações culturais. No caso do 31 de outubro, não é necessaria­mente o macabro que me incomoda.

O que incomoda é saber que, em outros contextos, se, por exemplo, uma religião afro-brasileira expõe sua expressão na sociedade, com seus ritos e símbolos dedicados aos orixás, esse mesmo povo, que pendura caveiras na porta dos seus apartamentos e empresas, considera o gesto uma afronta.

Leia mais
Na contramão de um fim de ano perfeito
Black Friday: como consumir de forma consciente?
Nossa potência de agir está na alegria

Sobre a importância dos rituais que transmutam energias

Quando você exibe um símbolo, um to­tem, um patuá, uma imagem, um ícone, está atraindo uma egrégora relacionada àquilo que está sendo invocado. Na psi­cosfera do lugar, as energias relacionadas a essas expressões são vivificadas e con­templadas.

E, no Halloween, depois do ato, não há um desato. Explico melhor. Toda celebração ou rito, se feito corretamente, passa pelo menos por quatro momentos: atração, expressão, purificação e elevação dos padrões vibratórios.

No caso do Dia das Bruxas, não há a transmutação das energias acessadas. Mi­nha impressão é a de que esses fantasmas ficam por aí, conectados com as vibrações coletivas de medos, guerras, assombros.

Sendo assim, resta-nos esperar as luzes do Natal e do Ano-Novo, quando finalmente expurga­mos essas frequências do Halloween.

Graças ao rito que, em muitas partes do mundo, transcende sua importância, indo além da festividade cristã, comemoramos o nascimento da­quele que representa o arquétipo da luz no planeta.

Ancorando em nossa manjedoura do coração a consciência iluminada, lúcida. Além da dimensão religiosa, o Natal se tornou uma celebração cultural marcada por um sentido de sacralidade.

As deco­rações e os tons radiantes coroando as ge­nerosidades dos Papais Noéis ajudam a li­berar os fantasmas presos desde outubro, além dos esqueletos dos acontecimentos mal digeridos desde o início do ano.

MAIS DE KAKÁ WERÁ
A energia curativa do banho de floresta
Auto-observação é a semente para a sabedoria
Para além da diversidade: o outro é o nosso espelho


Conteúdo publicado originalmente na Edição 262 da Vida Simples


Os textos de colunistas não refletem, necessariamente, a opinião da Vida Simples

Para acessar este conteúdo, crie uma conta gratuita na Comunidade Vida Simples.

Você tem uma série de benefícios ao se cadastrar na Comunidade Vida Simples. Além de acessar conteúdos exclusivos na íntegra, também é possível salvar textos para ler mais tarde.

Como criar uma conta?

Clique no botão abaixo "Criar nova conta gratuita". Caso já tenha um cadastro, basta clicar em "Entrar na minha conta" para continuar lendo.

A vida pode ser simples, comece hoje mesmo a viver a sua.

Vida Simples transforma vidas há 20 anos. Queremos te acompanhar na sua jornada de autoconhecimento e evolução.

Assine agora e junte-se à nossa comunidade.

0 comentários
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

Deixe seu comentário