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A energia curativa do banho de floresta
Mandy Choi/Unsplash
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Nos últimos 35 anos, tive a oportunidade de exercer alguns ofícios quase que simul­taneamente. Um deles, o de terapeuta da floresta. Desenvolvi vivências de banho de floresta que trans­corriam na mata, nas trilhas e clareiras, com direito a rios e cachoeiras.

A paisagem, o caminhar, o respirar, o aro­ma das folhas e o frescor do vento, assim como a luz das águas, são emanações de energia curativa. Já conduzi milhares de pessoas nessas práticas.

Algumas, contu­do, se decepcionaram comigo, pois espera­vam que eu oferecesse um tipo de elixir xa­mânico mágico, uma beberagem definitiva para a resolução dos seus conflitos.

Os pajés que me iniciaram no caminho da cura mostraram que a floresta, por si só, é um caudal de vibrações restaurativas. Bas­ta caminhar, contemplar, silenciar e respi­rar conscientemente entre árvores, rios, cachoeiras; em trilhas para conexão com o interior de si mesmo.

Banho de floresta: uma tradição japonesa

Felizmente, o ba­nho de floresta, também conhecido como shinrin-yoku, uma tradição japonesa, tem se destacado nos últimos anos como um antídoto para o estresse e a desconexão.

Essa prática, das mais acessíveis, envolve imiscuir-se na natureza, dedicando tem­po para caminhar ou simplesmente estar presente em um ambiente natural. E seus benefícios vão muito além do relaxamen­to.

Trata-se de uma experiência que apela a todos os nossos sentidos, nos ajudando a desconectar dos estímulos excessivos do mundo digital e a nos reconectar com nós mesmos. Num lugar de serenidade.

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Estudos mostram que ela reduz os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, e me­lhora o sistema imunológico. Além disso, está associada à diminuição da ansiedade, depressão e insônia. Sem falar que estimu­la a criatividade, a concentração e a resolu­ção de problemas.

Médicos recomendam imersão na floresta

Nota-se ainda que, ao se religarem com a natureza, as pessoas tendem a desenvol­ver um maior senso de responsabilidade ambiental e a valorizar a conservação dos ecossistemas naturais. Isso pode levar a um maior engajamento em atividades de preservação ecológica e a um esforço cole­tivo para cuidar de nossa Mãe Terra.

O mais incrível é que a prática está pres­tes a ser recomendada pelo SUS, como uma atividade medicinal importante para a saúde humana integral. A ciência e a sa­bedoria ancestral estão finalmente encon­trando uma linguagem em comum para as coisas sagradas da vida.

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Conteúdo publicado originalmente na Edição 261 da Vida Simples

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