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Dica de ano novo: dê valor ao que você já tem
Kazuend / Unsplash
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Falava ao telefone com minha mãe esses dias e ela me contava sobre a visita das mais de cem crianças e jovens do nosso projeto social, lá em Bicas, Minas Gerais, ao estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. “Quando entrei no estádio, não consegui conter a emoção!”, ela me confessou.

Eu, ingênuo, respondi que ela já havia pas­sado algumas vezes pelo Maracanã, e tam­bém por outros grandes estádios do mun­do, seguindo a minha jornada.

Entretanto, ela complementou: “Sim, já estive várias ve­zes no Maracanã, mas, para muitos desses jovens, terá sido a primeira e a única vez. Nós temos tantas oportunidades na vida, e às vezes não damos o devido valor!”. Aquilo foi um golpe de sabedoria para mim.

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O privilégio é um véu que ignora o valor do básico

Minha mãe tem razão. Principalmente, no momento de início de ano, quando nos con­centramos em identificar novos objetivos, muitas vezes nos esquecemos de dar va­lor ao que já temos, às oportunidades que diariamente já recebemos.

Veja bem, não estou dizendo que traçar novas metas e se dedicar a elas é algo que não deve ser feito. Estou apenas incentivando você a abrir os olhos para o valor que, às vezes, não damos àquilo que é mais habitual para nós.

Eu vivi um pouco disso na minha juven­tude, quando decidi abandonar o América–MG e ir em busca de uma aventura, que, para mim, seria melhor.

Fui para Cachoeiras de Macacu (RJ), na casa de um senhor que recrutava garotos e depois fazia jogos con­tra equipes do estado, tentando com que algum de nós fosse escolhido.

No primeiro dia, um choque: só havia água gelada para o banho, duas ou, no máximo, três refeições diárias. Ainda tínhamos que lavar as próprias roupas e chuteiras, além de carregar todo o material de treinamento.

No América-MG, esse “luxo” nós tínhamos, e eu nunca percebi o quanto aquilo era de valor para mim, até que não tive mais.

Somos capazes de dar valor ao que é habitual

Meses depois de mais alguns perrengues, acabei voltando ao América-MG. Desde então, valorizei aquele clube e as coisas normais, como ter as refeições garantidas, roupas e materiais de treinos sempre lim­pinhos e disponíveis, como se estivesse no melhor lugar do mundo.

Não fosse essa experiência de deixar de ter o básico, não sei se teria valorizado tan­to aquele ambiente, enquanto a maioria fo­cava apenas no que faltava.

Para o novo ano, novas metas, mas também a capacida­de de dar o valor necessário àquilo que já conquistamos. Acredite, é muito!

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Conteúdo publicado originalmente na Edição 264 da Vida Simples

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