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A temperança é uma boa conselheira para lideranças
Cristi Ursea/Unsplash
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Diariamente converso com muitos execu­tivos, líderes e empresários. Seja por razões comerciais ou enquanto teço networking, mantenho aceso meu olhar de aprendizado e evolução nessas trocas.

Além do trabalho, falamos sobre a vida, adversidades e o de­safio de liderar negócios e pessoas em um mundo tão incompreensível e frágil quanto este em que vivemos.

Um ponto em comum se sobressai: a preocupação em gerir equi­pes emocionalmente despreparadas para lidar com os obstáculos e incertezas da vida, dos negócios e do mundo.

Nessas interlocuções percebo a impor­tância cada vez maior da temperança em um líder, não apenas como uma virtude, mas como uma ferramenta essencial para a liderança e a navegação neste vasto mar que é o comportamento humano.

Tempe­rança, em sua essência, é a moderação ou autocontrole diante de impulsos, desejos ou paixões. Ela seria a bússola que guia desde decisões racionais até o manejo das próprias emoções e das do time.

Um líder com essa característica é aquele que, mes­mo sob pressão, mantém a calma, pondera as opções e age com justiça.

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Cultivar a temperança faz bem para quem é líder

Felizmente, o equilíbrio emocional é con­tagioso. Num ambiente de trabalho onde ele se estabelece, o respeito, a confiança e a paciência se tornam a norma, não a exce­ção.

Boa conselheira, a temperança nos en­sina que, diante dos reveses da vida, de um emprego ou negócio, a resposta não preci­sa ser a raiva, a frustração ou o desespero, mas, sim, a reflexão, a calma e a busca por soluções equânimes.

É o que nos permite enfrentar as desilusões, vendo-as como oportunidades de continuar construindo a espiral que forma nossa trajetória em vez de estabelecer um ponto final.

Desenvolver a temperança requer um exercício diário de consciência, discipli­na e autoconhecimento. Respirar antes de responder a um e-mail ou mensagem provocativa (ou deixar para o dia seguinte). Não tomar nenhuma decisão sem antes ter todas as informações nas mãos.

Incorporar práticas de quietude (caminhar pelo parque, nadar ou entrar em uma igreja ou templo) podem ser incrivelmente eficazes no cul­tivo dessa postura.

Já o autoconhecimento, que deriva de leituras, conversas, escrita e terapia, nos ajuda a entender melhor quem somos e como reagimos às vicissitudes.

São cuidados como esses que fortale­cem a habilidade de um líder de regular as suas emoções e ponderar sobre as reações.

Por conseguinte, estimulando os demais a buscar o autocontrole e colaborando para a con­solidação de ambientes organizacionais emocionalmente mais sustentáveis.

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Conteúdo publicado originalmente na Edição 265 da Vida Simples

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