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Um chamado à transformação, que é individual e torna-se coletiva
Angela Davis, filósofa norte-americana que também anuncia transformações em suas falas, em foto de 1965 (Library of Congress/Unsplash)
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Era começo de janeiro, próximo ao meu aniversário, e despertei com a lembran­ça de um livro que havia recebido como presente de uma amiga em 2015, quando completei 40 anos. Na época, eu estava grávida e totalmente imersa em conte­údos relacionados à maternidade e aos cuidados com um bebê.

Entretanto, meu sexto sentido me alertou para guardá-lo, esperando o momento certo para ser lido. O livro em questão era Mulheres que Correm com os Lobos*, escrito por Clarissa Pinkola Estés.

Trata-se de um clássico fe­minino que aborda a natureza instintiva da mulher, seus ciclos, as perdas necessá­rias e as metamorfoses ao longo da vida. É uma leitura desafiadora, daquelas que só fazem sentido quando você acumula certa experiência e bagagem de vida, algo que transcende a idade cronológica.

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Um livro que me transformou

Algumas obras parecem dialogar conos­co. Mulheres que Correm com os Lobos transmitia exatamente o que eu precisava ouvir naquele momento. Li e reli suas páginas, destacando trechos, adi­cionando anotações. Retornei à terapia quando concluí que precisaria de ajuda para compreender o que se passava comi­go depois dessa leitura.

Passei silenciosamente por uma gran­de crise pessoal. As lágrimas vieram com toda força, resgatando dores, traumas, percebendo fraquezas, enxergando ver­dades sobre mim mesma difíceis de se ver. Eu não planejei nada disso, mas percebi a enorme transformação que se iniciava. E, sim, tive muito medo de enfrentá-la.

A transformação já está dentro de nós

A transformação não acontece sem esfor­ço e dores. Requer introspecção, coragem e fé para abraçar o que está por vir. Honrar o que foi vivido, ressignificando as experi­ências, sem se tornar refém delas, é funda­mental. Acolher a mudança e as oportuni­dades que ela nos traz é motivador. O livro me ensinou que a transformação é uma jornada pessoal, única e profunda.

E, como diz um trecho: “Pode ser que tudo não tenha acabado em um ‘viveram felizes para sempre’, mas, sem dúvida, existe, de hoje em diante, um novo ‘era uma vez’ à nossa espera.”

Agradeço mais um ciclo em sua compa­nhia e desejo que seu próximo ano seja de alegrias, grandes realizações e, quem sabe, transformações! Feliz 2024!

Agradeço em especial às duas mulheres que me acolheram generosamente nesta jornada interior de morte e renascimento: Gisele Accioly, minha terapeuta, especialis­ta em psicologia arquetípica, e minha cole­ga da Vida Simples, Débora Zanelato. Obri­gada por ouvirem meu “canto hondo”.

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Conteúdo publicado originalmente na Edição 262 da Vida Simples


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