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Slow travel: o que é esse movimento e como viajar assim
Annie Spratt
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Você já deve ter assistido ou ouvido falar em youtubers que se propõem a visitar uma cidade durante um dia, ou percorrer um estado ou país durante uma semana. Isso leva muito planejamento, gestão de tempo, horas dentro de transportes e, no final, muito cansaço por ter vivido tanta coisa em tão poucas horas ou dias.

Há tantos países, lugares, cidades e povoados que, nem se tívessemos outra vida teríamos tempo de conhecê-las em sua totalidade. E é pensando nesse ritmo frenético que tocamos nossas vidas – e também viagens – que surgiu o movimento slow travel, ou turimos sem pressa, um conceito que surgiu do Movimento Slow, criado para repensar a maneira como nos organizamos no dia a dia.

Embora haja uma certa afinidade com o turismo ecológico, comunitário, cultural ou zen, o slow travel busca conectar tudo que está em torno do lugar em que visitamos, como a história, a geografia, as tradições, os moradores e a cultura do lugar. É viver uma experiência imersiva no ambiente.

Viajar assim pode até parecer – em um primeiro momento – algo estranho ou difícil de se adaptar, já que estamos acostumados a sensações efêmeras, viagens muito curtas e com bastante estímulo visual, especialmente se você gosta de visitar grandes cidades. Mas a proposta é não só interessante como necessária, já que põe em questão a forma como majoritariamente praticamos o turismo no mundo.

Em busca de uma visão mais acolhedora e que possibilite uma vivência em profundidade com o local, diversas iniciativas no Brasil surgiram com a proposta do slow travel, desde hóteis a pessoas que se tornaram defensoras dessa prática. Reunimos, então, cinco perfis que abordam o assunto de forma responsável e mobilizadora.

Victor e Carol – @casalbas

Victor e Carol formam juntos um casal de brasileiros que praticam slow travel e, o melhor, trabalham viajando! Com o lema “nossa casa é o mundo”, os dois já percorreram cidades como Santa Maria, Canela, Pelotas, Rio de Janeiro e Londrina.

Além de fotografarem os lugares por onde passam, os dois também dão dicas sobre como viajar de forma slow e mantém um canal no YouTube chamado Casal BAS.

Nuny pelo mundo – @nunypelomundo

A Nuny Schramm é uma viajante vegetariana estrita, curiosa, inquieta e louca por viagem. Ela afirma que acredita no turismo como ferramenta de transformação e por isso gosta de viajar com calma, conhecer além do óbvio.

Além de um perfil no Instagram, onde compartilha lugares, experiências e ensinamentos, ela também produz conteúdo para seu blog, o Nuny pelo mundo, onde escreve sobre roteiros personalizados, dicas de viagens e, claro, sobre o movimento slow travel.

Nômades mochileiros – @divagandopelomundo

Ju e Ric formam juntos um casal que trabalham remotamente e viajam pelo mundo em busca de novas experiências e culturas. Atualmente, eles estão no Vietnã e se definem como um mix de “slow travel, nomadismo e divagações”. Os dois já percorreram países como Japão, Malásia, Índia, Nepal e China.

Além de criarem conteúdo digital no Instagram, também possuem um blog, o Divagando pelo Mundo, onde abordam temas como nomadismo digital e dicas para um mochilão.

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Brasil slow trip – @brasilslowtrip

A Brasil slow trip é uma agência de viagens que trabalha no modelo slow travel e com turismo gastronômico. As viagens, guiadas pela gastronomia, buscam encontrar pessoas e lugares nas mais diferentes regiões do país que possuam uma conexão com a comida que produzem.

“Nossa proposta é compartilhar o que chamamos de ato gastronômico: sentar à mesa para ouvir histórias, provar sabores, dividir emoções”, afirma a agência em seu site. Além disso, a empresa tem como um dos princípios a valorização de culturas e saberes locais.

Luisa Ferreira – @janelasabertas

Luisa Ferreira mantém o blog Janelas Abertas há mais de 10 anos, mas também compartilha dicas de viagens e turismo responsável no Instagram. Ela, que é jornalista e redatora, acumula dezenas de viagens sozinha, além de intercâmbios.

Desde 2012 compartilha dicas e reflexões sobre viagens pra dentro e pra fora. Em 2016, deixou o emprego fixo e passou a buscar uma vida que faça sentido para ela.

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