Por trás do autoconhecimento mora a intenção
Minha escolha de todos os dias é caminhar rumo a uma vida mais leve e consciente. Aqui, divido parte do meu processo e digo que o mais importante é mesmo a intenção
Colocar as palavras no papel é o meu “gelol da alma” – escrevendo eu me curo, eu me escuto, eu me compreendo. E foi basicamente por esse motivo que passei a narrar no instagram o meu próprio processo de autoconhecimento, que me tirou de um ponto de ansiedade máxima para uma vida mais leve, menos reativa, mais consciente, menos automática.
Compartilho cursos, livros, apps de meditação, mas, admito, tenho uma baita dificuldade para responder a uma das mais frequentes perguntas que recebo: “como você deixou de ser ansiosa?”.
Eu consigo listar tudo que me ajudou e me ajuda nessa caminhada, que na verdade nunca termina (o fato de não ter mais aquela ansiedade aguda como parte de mim não faz de mim uma pessoa zen em 100% do tempo).
Mas não poderia dizer que foi a Yoga ou o hábito da meditação, ferramentas que só entraram quando o processo estava bem avançado. Também não seria certo atribuir à leitura de Os Quatro Compromissos, livro baseado na sabedoria tolteca que mudou muitas das minhas perspectivas.
Tampouco conseguiria eleger o programa Paixão em Ação, da coach Ana Raia, que me fez dar um baita mergulho no autoconhecimento. Os Insta-Stories da professora de yoga Mayara Beckhauser falando sobre o ego e da americana Melissa Wood compartilhando sobre o Curso em Milagres. Impossível resumir o início a eles. Os rituais para acordar, ler ou dormir que misturam aromaterapia, mantras e chás? Também surgiram apenas no decorrer do percurso.
Mesmo que volte bastante no tempo, não teria como dar todo o crédito à edição de agosto de 2015 da Vida Simples, meu primeiro contato com esta revista, cuja capa tinha o título “Não se deixe levar pela ansiedade”. Tudo isso fez e faz parte. Tudo isso teve e tem seu papel. Tudo isso torna a caminhada mais leve, mais divertida, mais amparada.
Mas o real ponto de partida se chama INTENÇÃO! É o querer mudar, é a percepção de que ansiedade é algo comum, mas não normal. Ao identificar esse desejo de transformação, entendi que seria preciso entrar em contato com a dor do pensamento acelerado, sem querer silenciá-la ou eliminá-la com alguma química mágica.
“Bem-vinda, ansiedade, venha aqui e vamos conversar!” Foi assim – com intenção e aceitação – que passei a, sem pressa, buscar tudo o que podia me trazer a desaceleração (e aí entram todas essas ferramentas ali do segundo parágrafo, que passaram a surgir na minha história de vida como alas sincronizadas de escola de samba, uma puxando a outra, tão logo eu me abri a esta possibilidade).
Há quatro anos era bastante improvável pensar que eu faria parte da Vida Simples de alguma forma. Mesmo se alguém me dissesse que em 48 meses eu teria um novo olhar sobre a vida e as emoções, eu não acreditaria – ao contrário, esse “longuíssimo prazo” ia me angustiar ainda mais!
Mas olhando para dentro de mim eu deixei para trás a pessoa reativa, acelerada, impaciente e sem qualquer controle das próprias emoções. Ainda me irrito, mas sei voltar ao estado normal rapidamente. Ainda me afeto por gatilhos de ansiedade, mas sei que cinco minutos de respiração consciente me neutralizam.
Ainda tenho muito a caminhar, mas percebo – e me orgulho – o quanto eu caminhei até aqui. Nos próximos meses, vou dividir por aqui um pouco mais sobre este meu processo de autoconhecimento. Os cursos, os livros, os rituais, os aprendizados, os insights e tudo mais que me ajuda a caminhar rumo a esta vida leve e consciente que é minha prioridade maior – e também a minha escolha de todos os dias.
Ale Garattoni é carioca, formada em Administração de Empresas, com especializações em Marketing e Jornalismo de Moda. Fundadora da Amo Branding, que trabalha imagens de marcas com base no autoconhecimento, e do @Blog5Sentidos, que criou para compartilhar seu processo de transformação pessoal. Por aqui, mensalmente, divide sua experiência nesta caminhada.
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