Longevidade e ayurveda: livro explica como ter vida mais saudável
Com base na medicina ayurvédica, livro fala sobre o poder da natureza, do autoconhecimento e de uma nutrição efetiva para tornar a longevidade uma benção e não um martírio como há anos se pensava.
Com base na medicina ayurvédica, livro fala sobre o poder da natureza, do autoconhecimento e de uma nutrição efetiva para tornar a longevidade uma benção e não um martírio como há anos se pensava.
Envelhecer já não é mais uma palavra feia no século 21. Muito pelo contrário, vivemos a “era da longevidade”, em que os 40 são os novos 30 e assim por diante. Apesar disso, até que ponto estamos refletindo sobre o envelhecimento com qualidade?
A escritora Laura Pires descobriu as tradições milenares da medicina indiana após uma viagem ao Oriente. No livro, ela discute justamente o poder da natureza, do autoconhecimento e de uma nutrição efetiva para tornar a longevidade uma benção e não um martírio como há anos se pensava. Depois de uma transição de carreira, Laura se tornou nutricionista e continuou seus estudos e hoje é pós-graduada em Nutrição em Neuropsiquiatria e pós-graduanda em Gerontologia pelo Instituto Albert Einstein.
Com uma linguagem acessível e dados estatísticos da Organização Mundial da Saúde (OMS), “Longevidade – nutrição e ayurveda para um envelhecimento ativo” (Ed. Rocco, 1ª ed. novembro de 2021) logo no prefácio já convence, até os menos interessados no tema, de que o melhor lugar e hora para começar uma nova vida é aqui e agora. Afinal de contas “a vida é afetada por alguns fatores, quanto a um desses não há o que fazer: o tempo, o kala”
O já conhecido e aclamado “Guia alimentar para a população brasileira” também é uma das fontes de Laura no livro. Em sua obra, a autora reforça a ideia de que o segredo para nos alimentarmos melhor é “descascar mais e desembrulhar menos”, evitando assim os tão deliciosos e na mesma medida danosos ultraprocessados.
Pequenas mudanças
Ainda que pareça um universo distante, tão longínquo quanto o Taj Mahal, é possível aplicar alguns conceitos da tradição ayurvédica no dia a dia e perceber que eles são não só compatíveis, mas complementares à medicina ocidental tal como estamos acostumados.
Um bom exemplo é a importância de manter uma rotina de sono, com horários fixos para dormir e acordar. Além de investir em refeições com alimentos naturais de diferentes classes, porções pequenas e também com horário fixo, respeitando o limite do corpo e a chamada “fome real”, que é diferente de uma vontade de comer ou uma compulsão alimentar.
“Rotinas ou rituais de hábitos saudáveis não são prisões ou punições, muito menos um check list para você cumprir, e quando não conseguir fazê-los, desistir de tudo. Cuidar do corpo, da mente, do espírito é um dever e uma forma de honrar nossa existência, contribuindo para uma caminhada mais saudável, ativa e duradoura”, explicou terapeuta Laura.
Simplicidade e constância
Talvez, entre as receitas, ensinamentos e práticas espalhados ao longo das 240 páginas, o que fica claro é o que talvez todos saibamos, mas sempre faz bem relembrar até que seja posto em prática: a vida é feita de transformação, precisamos nos adaptar continuamente. Consciência e conhecimento são o que tornam o ser humano livre para fazer escolhas, sejam elas as melhores ou não.
Toda mudança precisa ser gradativa e coerente com o seu momento e dentro das suas possibilidades, pois só assim existe a chance de uma transformação real e permanente.
“As pessoas acham que mudar de vida inclui muita regra, que vai ser muito diferente da realidade atual. Mas, na verdade, são medidas simples. Um bom hábito vai levando a outro. É na simplicidade do dia a dia da vida que a gente consegue conquistar e manter a saúde, com a constância. Não são procedimentos complexos ou intensos. É muito mais respeitar a rotina, o corpo, resgatar as nossas raízes. Ter uma vida muito mais simples em todos os sentidos. Quando a gente consegue unir os saberes, as ferramentas e as práticas, percebe que o objetivo, seja dos conhecimentos ocidentais ou orientais, é conviver melhor, preservar a vida e o ambiente que vivemos”, resumiu Laura, que convenceu a autora do texto sem nenhum esforço a repensar ao menos uns cinco hábitos durante a uma breve conversa de trinta minutos.
Bateu uma curiosidade aí? Pois bem, a jornalista que vos fala pretende:
- diminuir a ingestão de café;
- prestar mais atenção aos alimentos que está consumindo (especialmente os ultraprocessados);
- incluir alimentos diferentes na rotina (afinal, com tantas frutas e verduras disponíveis, por que consumir sempre os mesmos?);
- incluir chás e temperos na rotina;
- tomar um cuidado especial para respeitar o grande responsável por fortalecer a saúde física, mental e até a imunidade: o sono.
Em breve, conto para vocês se as mudanças deram certo!
RAYZA FONTES (rayzagfontes) é uma jornalista capixaba, mãe de pet, de planta e de muitos livros. Casada com o seu melhor amigo, sonhadora compulsiva, leitora crônica, fã de café para acordar e champanhe para relaxar. Descobriu muito cedo que ler é a prevenção e a cura para todos os males.
Leia todos os textos da coluna de Rayza Fontes em Vida Simples.
*Os textos de colunistas não refletem, necessariamente, a opinião de Vida Simples.
Os comentários são exclusivos para assinantes da Vida Simples.
Já é assinante? Faça login