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Nutrição Feminina
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Enquanto a indústria nos seduz com ideias deturpadas sobre beleza e corpo saudável, mulheres morrem de depressão e falta de nutrição emocional.

Os conceitos sobre realização íntima e feminina ainda estão muito enraizados no escopo patriarcal e se repetem, até hoje, muitas vezes silenciosa…

Quando ouço mulheres descrevendo suas histórias e dores vividas, além de demonstrarem profunda frustração com seus ideais sobre os relacionamentos, falta amor próprio, autoestima e autoconfiança – o que chamo de “3As”.

Outro aspecto duramente responsável pela infelicidade feminina é o descontentamento com o próprio corpo, o que tem levado um número considerável de mulheres a desenvolver sérios distúrbios alimentares e psíquicos. A incansável corrida pelas “formas perfeitas” traz consequências devastadoras tanto no corpo quanto na mente das mulheres.

A real nutrição feminina começa pelo emocional. A quebra de repetição de comportamentos e pensamentos sobre “realização pessoal” que ainda trazem o legado patriarcal, associado aos apelos modernos da indústria do consumo, são hoje verdadeiras minas que destroem a autoaceitação das mulheres com o próprio corpo, estilo de vida e realidade num todo. Esse setor cresce e a ala feminina adoece. Um lucra e o outro se perde…

Esse sistema só muda conforme a demanda mudar. E nesse setor, injetar consciência e despertar, é um trabalho feminista incansável e a passos de tartaruga. Como vencer um gigante capitalista que investe pesado no marketing da “mulher perfeita”?

Devagar e sempre…

A nutrição feminina requer amor.

Amor por nós mesmas é o que nos desperta e salva num mundo onde quanto menos gostarmos de nós, mas consumiremos para sermos aceitas.


Kareemi é criadora da Ginecologia Emocional, autora do livro Viva Com Leveza (Gente) e palestrante motivacional. Nesta coluna, mensalmente, trará reflexões sobre os comportamentos, emoções, corpo e alma femininos. Seu Instagram é @ginecologiaemocional

*Os textos de nossos colunistas são de inteira responsabilidade dos mesmos e não refletem, necessariamente, a opinião de Vida Simples.

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