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A Amazônia nos ensina a honrar a vida para viver bem
Ivars Utināns (Foto: Ivars Utinans/Unsplash)
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Em Belém, quando se olha a partir do Rio Guajará, consegue-se observar um complexo de ilhas onde cada uma cumpre sua beleza e função própria. É como se, com sua singularidade, elas nos ensinassem mais sobre a vida.

Há a Ilha dos Papagaios, que é um verdadeiro berçário verde da cor luminosa desses pássaros. O bailado em voo com que iniciam as manhãs é tão lindo que há todo um cardápio turístico no qual essa visão é oferecida para a apreciação dos olhos e da alma.

Há a Ilha das Onças, a qual nem me atrevo a pensar em passear por lá. Há a Ilha do Combú, um lugar onde a cultura culinária é o motivo de inúmeras embarcações com destino a passeios gourmet com mais de 40 restaurantes. Fui lá conferir. Nessa ilha, de saborosa cultura culinária, o que mais me impressionou foi a trilha que fiz após o almoço.

Encontrei pé de cacau, açaizeiro, graviola, bacuri, jambú e outros frutos da terra em todo lugar que olhava. Frutos, enfim, que sustentam praticamente a população do Pará e estão presentes em muitas partes do Brasil e até do exterior.

Eles participam há milênios das rotinas e modo de vida das culturas ancestrais dessa região da Amazônia brasileira. Portanto, se formos fazer um exercício de imaginação para saber quantas gerações e pessoas foram nutridas por esses alimentos, poderíamos comparar com o número de estrelas no céu, para fazer uma metáfora de aproximação.

Amazônia viva

Tudo isso para dizer aqui, caro leitor, que é essa Floresta Amazônica que tem servido de exemplo a um dos principais fundamentos da sabedoria dos povos indígenas: a abundância da natureza, que garante o sustento para cada habitante sobre seu solo, desde as gerações passadas, presentes e futuras.

Além disso, a Amazônia, como sabemos, causa um impacto no mundo inteiro mantendo o equilíbrio do clima. Esse lugar é a prova de que realmente somos uma rede de conexão entre todas as formas e maneiras de vida. Tudo está intimamente interconectado, não há como fugir disso.

O que acontece aqui reflete sobretudo em todas as comunidades humanas, animais, vegetais e minerais. Sendo assim, que possamos, no mínimo, cuidar dessa bênção que a grande natureza nos deu. Que possamos, urgentemente, honrar essa grande dádiva de todas as vidas, preservando com todo o nosso empenho e gratidão.

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