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“Parem o mundo, eu quero descer”: como se reencontrar?
Joshua Fuller
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Parem o mundo, eu quero descer! E quem nunca pensou em transformar essa frase em realidade?

Percebi que precisava parar

Há cerca de dois meses, após sete anos de profissão, foi exatamente isso que decidi fazer. Não foi uma escolha fácil, mas percebi que era necessário dar uma pausa para cuidar de mim: do meu corpo, da minha mente, da minha saúde e, principalmente, do ritmo do meu dia a dia.

Assim como muitos aqui, sempre busquei mais: mais conquistas acadêmicas, mais conhecimento, mais cursos, mais trabalho, mais salário, mais cargos, mais reconhecimentos…

Porém, no turbilhão do dia a dia, os anos passaram voando. E lá se foram dois anos de intercâmbio em países diferentes, graduação, pós-graduação e anos de experiência profissional, sendo cinco deles no mercado financeiro – para quem faz parte desse mundo, sabe a loucura que é a Faria Lima.

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Percebi que me perdi no caminho

Sou extremamente grata a todas essas etapas que me levaram até aqui, mas a rotina tomou conta e percebi que havia perdido um pouco de mim nesse processo. Não me identifico como “Faria Limer”, tampouco sou a mesma menina que ingressou em jornalismo anos atrás.

Tenho vagado entre dois mundos muito distintos: bons restaurantes, escritórios bonitos e prédios reluzentes, versus finais de semana tranquilos, bebendo cerveja e comendo feijoada no boteco da esquina com meu namorado e cachorro ou, simplesmente, viajando para lugares onde possa me reconectar com a natureza e minha essência.

Nessa mistura de emoções e personas, sinto-me com 84 anos, mas, na verdade, tenho muito menos! Crises de enxaqueca e noites de insônia se tornaram cada vez mais frequentes. Imagine como seria daqui a 5, 10, 15 anos?

Por isso, decidi parar o mundo e descer dele por um tempo. Neste momento, estou oficialmente dando uma “pausa”. Para mim, o ideal seria ter um luxuoso período sabático, mas, por enquanto, estou dando uma pausa, ao menos, do mundo corporativo e vivendo de freelances.

Percebi que estou diferente

E como essa desaceleração já fez diferença! Percebi que esse universo de horas a fio na frente de um computador, reuniões diárias, fechamentos e metas já não me satisfazem. E, apesar de sentir medo (e muito!), decidi iniciar uma transição de carreira para algo que sempre despertou minha curiosidade. Comecei cursos relacionados às terapias e pretendo, no próximo ano, iniciar uma faculdade de psicologia.

Não sei o que os próximos meses, quiçá anos, me reservam, mas sei que me reconectar comigo mesma, com um dia a dia mais simples e tranquilo, ao lado do meu cachorro, tem valido mais do que qualquer bônus já recebido.

Nesse processo, sigo fielmente a filosofia e as edições da revista “Vida Simples”, em busca de, um dia, efetivamente tornar minha vida mais simples e, por meio dessa transição de carreira, auxiliar outras pessoas a alcançarem o mesmo.


Isabella Bedin (@isa.bedin), de 27 anos, é uma jornalista que se “perdeu” no mercado financeiro e tem tentado se reencontrar. Passa os dias com seu cachorro idoso e sonha com mais noites de verão em um boteco com cadeiras de plástico, curtindo a vida mais simples com os amigos queridos.


Este texto foi produzido por um membro assinante da Comunidade Vida Simples e publicado no blog Você + Simples.

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