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É o simples que surpreende: para ser feliz, basta prestar atenção
shangchu Constantine
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Mudei depois que adotei as práticas do mindfulness. Assim dizem os amigos e os familiares mais próximos. Com as boas experiências que vivi, achei que deveria compartilhá-las com outros. Foram mudanças no modo de ser e ter.

O que ocorreu, principalmente, foi priorizar a atenção. Tudo sem pagar, grátis. Dispensei os ansiolíticos e descobri muitas coisas que estavam diante de mim e simplesmente ignorava. A seguir, alguns exemplos.

Amigo de uma árvore

Onde moro tem um resto de Mata Atlântica e bem defronte da varanda tem uma árvore de não sei qual o gênero. Toda manhã, depois de abrir a varanda, olho para árvore e fico admirando seu porte, folhas, ramos, caule, raiz e flores etc. Fixei o hábito do encontro matinal com ela. Parece que o tempo para enquanto a admiro.

O problema é que o meu relógio é mais rápido que o dela. Com paciência, esperei a época do florescimento e eis que fui presenteado com uma beleza admirável. Pois é, o esforço de dar atenção a ela foi retribuído com sua beleza e sinal que a vida pulsa bem na minha frente. Fizemos amizade.

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Um micro universo marinho

Outra descoberta parecida foi andando na praia, Gosto do contato com a areia, com o movimento das ondas, do ar puro que respiro, do encontro do mar com o céu, da única linha reta que admiro – o horizonte. Em uma dessas andanças, parei em umas pedras onde havia pequenas poças. A escolha do local foi inconsciente e provocada pelo cansaço.

Optei em admirar o que havia em uma poça. Vi uns peixinhos, caramujos e plantas cercados por pedras e areia no fundo. Por alguns instantes nada aconteceu. Os peixinhos sumiram nas tocas e os caramujos nas suas conchas espiraladas. Deduzi que foi a minha presença, os sons da minha chegada. Passados uns minutos em atenção plena eis que os atores surgiram. Peixes nadando e caramujos andando.

O interessante foi observar o esforço do caramujo para alcançar uma plantinha que parecia apetitosa e estava em local mais alto. Mas ele não estava só. Também fiquei surpreso que haveria uma luta pela sobrevivência. Um deles desistiu. Assisti ao espetáculo da vida onde achava que o sólido das pedras nada tinha de interessante. Nossa arrogância em achar que somos donos do planeta leva a ignorarmos os seres vivos que abundam no ambiente e são parte da ecologia que tanto precisamos.

A felicidade mora no presente

A atenção que declinamos em favor do automatismo de nossas ações é responsável pela nossa felicidade.

Viver o presente é simplesmente dirigir nossa atenção para perceber com nossos sentidos e dar sentido ao que nos rodeia, sejam objetos ou seres vivos.

É o simples que surpreende.


Mario Cezar Freitas é engenheiro eletricista, empresário, aposentado. Praticante de mindfulness e biofeedback. Facilitador da aprendizagem de mindfulness. Dedicado a ajudar às pessoas a serem mais felizes.


Este texto foi produzido por um membro assinante da Comunidade Vida Simples e publicado no blog Você + Simples.

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