Diversidade nas redes: 7 criadores de conteúdo LGBTQIAP+ para conhecer
Apesar dos dilemas relacionados às redes sociais e a como são usadas, os ambientes digitais possibilitam com que as pessoas entrem em contato com outras que provavelmente jamais iriam se ver. Um desses grupos são os criadores de conteúdo LGBTQIAP+, que encontram na internet um espaço de divulgação, diálogo e compartilhamento de vivências, histórias, mas também muito conhecimento e informação de qualidade.
Estar aberto à diversidade é um dos princípios que precisam ser levados para toda a vida. Ter um olhar empático e acolhedor ao diferente, mesmo que não se conheça o objeto ou a pessoa, é um passo para se despir daquilo que nos constitui e constrói nossos valores.
Assim como a Antropologia nos ensina, precisamos ouvir o outro, percebê-lo e nos colocarmos em posição de conhecedor interessado, não de explorador ou julgador. A comunidade LGBTQIAP+*, que passa por diferentes lutas ao redor do mundo por reconhecimento, é um grupo que sofre diariamente preconceitos ou ataques – virtuais ou físicos.
Para desmistificar informações, trazer conhecimento sobre o tema e possibilitar uma visão mais acolhedora e afetuosa para a comunidade, os criadores de conteúdo desse grupam buscam fazer um papel não só de diálogo, mas de tornar visíveis as diversas lutas e reinvindicações do público LGBTQIAP+. Assim, é possível pressionar a política institucional e trazer à tona conteúdos que não circulam facilmente entre as pessoas.
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E é pensando na necessidade de cada vez mais divulgar publicações que toquem em pautas relacionadas à diversidade que a Vida Simples traz sete criadores de conteúdo que abordam esses temas de forma responsável, com qualidade e dedicação.
Maternidade Sapatão – @maternidadesapatao
Aline Brito e Alessandra Ayabá, duas mulheres negras e lésbicas, compartilham juntas a rotina de maternidade dos seus filhos, desafios, preconceitos, caminhos e possibilidades incríveis de existir e debater temas importantes para a sociedade.
O perfil no Instagram nasceu com a ideia de deixar as mães serem mães, “proporcionar diálogos sobre a maternidade livre e sem opressões patriarcais ou capitalistas, que adoram diminuir nossos direitos, gostos e vontades enquanto mães”, escrevem elas no post de apresentação.
Além da rede social, as duas ainda possuem um podcast, de mesmo nome, para tratar de temas como inseminação, lactação e questões jurídicas em torno do assunto.
https://www.instagram.com/p/CjLqYizuOLq/
Murilo Araújo – @muropequeno
Murilo Araújo, conhecido também pelo seu canal no YouTube, o Muro Pequeno, se define como “uma bicha negra cristã e militante” que produz conteúdo sobre pautas LGBTQIAP+ no Instagram e em outras redes sociais, como o Twitter.
Ele também aborda a relação entre homossexualidade e cristianismo, teologia queer e teoria queer, debates recentes que questionam o preconceito e as diversas formas de opressão contra esse grupo.
https://www.instagram.com/p/CfIN5IPMlqf/
Magô Tonhon – @mulhertrans
Magô Tonhon é educadora de beleza, consultora na área de diversidade e mestra em filosofia, além disso, é uma mulher trans que se identifica também como bissexual.
No Instagram, Magô aborda temas super importantes para a comunidade bissexual em seu perfil no Instagram e ajuda a desmistificar preconceitos que normalmente confundem orientação sexual com identidade de gênero.
Indicamos também o conteúdo jornalístico multimídia B é de quê? produzido por estudantes da Universidade Federal do Ceará (UFC) e que aborda as principais dúvidas, explicações e questionamentos acerca do tema da bissexualidade.
https://www.instagram.com/p/B-GGJllHcwJ/
Sara Wagner York – @sarawagneryork
Sara York é professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), ativista LBGTQIAP+, formadora de atores, linguista, tradutora, pedagoga e pesquisadora.
Além disso, ela também é palestrante de temas como religião, sexualidades, infância, educação, cotidiano e apresenta o Programa de Travesti no canal Brasil 247.
https://www.instagram.com/p/ChIHErRgeob/
Bielo Pereira – @hellobielo
Bielo Pereira tem 29 anos e é intersexual, ou seja, uma pessoa que pode apresentar variações nos cromossomos e/ou órgão genital, que não permite que seja identificada como masculino ou feminino. Além disso, se identifica como bigênero, o que significa que não tem uma identidade de gênero definida.
Em um depoimento ao Facebook, Bielo afirmou que “a proposta de trabalho como influencer é trazer informação da forma mais clara possível, por meio da minha vivência, e usar minha plataforma nas redes sociais como uma espaço de troca e aprendizado mútuo.”
https://www.instagram.com/p/CfFZpkNrPKl/
Cup – @apenascup
Cup é uma pessoa agênero, assexual e pan que faz vídeos com foco em entretenimento, blogueiragens, diversidade e tudo mais o que tiver interesse. “Procuro trazer informação, positividade, desconstruir preconceitos e criar um espacinho onde você possa se sentir bem em ser você mesme!”, informa na sua descrição do canal no YouTube.
Além do Instagram e YouTube, Cup também está na Twitch, TikTok, Twitter e no podcast Garotrans, formado por três amigas trans para debater temas relacionados à comunidade LGBTQIAP+.
https://www.instagram.com/p/Ci8DNxRgK4z/
Rita von Hunty – @rita_von_hunty
Rita Von Hunty é a persona drag do ator e professor Guilherme Terreri. Além de professora, a drag queen apresenta o programa Drag Me as a Queen no canal E! e no YouTube com o canal Tempero Drag, onde debate temas como política, sociedade, pautas LGBTQIA+ e cultura.
Essas são algumas das especialidades de Terreri, que é professor de literatura inglesa, pesquisador de estudos da cultura, além de ser formado em História da Arte, Artes Cênicas e ter passado pela Faculdade de Letras da Universidade de São Paulo (USP). No Instagram, o perfil tem quase um milhão de seguidores.
https://www.instagram.com/p/CULkkMpsirq/
*Sabemos que alguns termos e expressões do texto podem não ser conhecidas por todos. A sigla que optamos usar, por exemplo, é uma das mais abrangentes e atuais. LGBTQIAP+ indica as pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Travestis, Queer, Intersexuais, Assexuais, Pansexuais e o + indica que ainda há outras pessoas que merecem ser consideradas. Nosso objetivo é tornar esse texto acessível a todos. Por isso, para auxiliar a leitura, sugerimos que você conheça o Glossário da Diversidade, criado pela Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul.
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