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Alimentação saudável pode ser colorida, divertida e saborosa
Vegetais coloridos ajudam a ter uma alimentação mais diversa e saudável. Debby Hudson/ Unsplash
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Como anda a sua alimentação? Você tem consumido as quantidades adequadas de frutas, verduras, legumes, entre outros vegetais, para ter todos os nutrientes que precisa, ou tem dificuldade em gostar desses alimentos?

Pois saiba que uma boa estratégia para incluir vegetais na sua alimentação é montar pratos coloridos e comer primeiro com os olhos.

Por termos o estímulo visual para comer, gostar do que estamos vendo pode ajudar na vontade de comer. Isso pode ocorrer, inclusive, com as verduras. Basta fazer uma composição que nos atraia.

“Montar um prato colorido, bonito, com certeza vai ajudar a ter uma alimentação mais equilibrada, mais nutritiva, a aumentar o consumo de verduras e legumes”, explica a nutricionista Nanci Py.

Pratos coloridos significam variedade na composição e também nos nutrientes que os alimentos trazem ao corpo. Dessa forma, quanto mais diversidade de cores do seu alimento, melhor será a sua saúde física.

“Quando a gente mantém a variedade de alimentos, vamos favorecer a microbiota intestinal, que está relacionada com a nossa imunidade, com a saúde mental e com prevenção de algumas doenças intestinais também”, declara a especialista.

Ela indica ainda outros benefícios de uma alimentação mais colorida baseada em vegetais, legumes e frutas. Alguns deles são a melhora do paladar e da relação com a comida, além da manutenção do peso, controle do colesterol, prevenção de doenças como diabetes tipo 2, alguns tipos de câncer e hipertensão arterial.

É possível ter prazer com alimentos naturais

Um outro ponto é o sabor dos alimentos. É comum que algumas pessoas estejam mais acostumadas em comer alimentos industrializados e ultraprocessados. Entretanto, por trás desse gosto irresistível, os ultraprocessados apresentam altos índices de sódio, açúcares, conservantes, aditivos químicos e gorduras saturadas, que são prejudiciais para a saúde.

Segundo a especialista, é possível reeducar o paladar para sentir prazer pelo sabor mais natural dos alimentos. Nesse caso, o colorido dos pratos é de grande ajuda para estimular o consumo.

Além disso, preferir esse tipo de comida provoca a ingestão equilibrada de nutrientes. “É sempre válido seguir a recomendação de descascar mais e desembalar menos. Quanto mais conseguirmos colocar alimentos íntegros e pouco manipulados no nosso corpo, com certeza mais saúde a gente vai estar também”, declara.

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Prato colorido contém nutrientes para a longevidade

Nenhum alimento oferece todos os nutrientes que o corpo humano precisa para se manter saudável. Para ingerir as fibras, proteínas, carboidratos, proteínas, minerais, gorduras e vitaminas necessárias, é fundamental ter uma dieta com muita variedade. Entra em cena, então, as combinações de frutas, verduras, legumes, grãos integrais, sementes, enfim, os vegetais em geral.

As cores dos alimentos indicam que tipos de nutrientes podemos encontrar em cada um deles. A cor vermelha, de morangos, pimentões e tomates, por exemplo, é oriunda de um pigmento natural chamado licopeno, que tem ação antioxidante, além de conter vitaminas A, C, e do complexo B.

Os alimentos alaranjados, como cenoura, mamão e abóbora, possuem betacaroteno, que também tem vitamina A. Couve, brócolis, chuchu e abacate, alimentos verdes, são ricos em fibras, o que auxilia na função intestinal. Há também o roxo, oriundo das antocianinas, que está presente no açaí, na jabuticaba, no feijão preto, e nas uvas roxas, por exemplo.

“Cada cor vai indicar a presença de uma substância específica. Esses pigmentos dos vegetais também possuem ação antioxidante, que tem relação com vários benefícios na nossa saúde”, resume Nanci. Ou seja, ao colocar uma cor no seu prato, leva-se para ele substâncias que contribuem com a saúde.

A nutricionista continua: “esses pigmentos têm relação com a redução do risco de doenças crônicas e de diversos tipos de câncer, além do controle da pressão arterial, da regulação da inflamação sistêmica, da prevenção de doenças cardiovasculares e do aumento da longevidade”.

Ela chama atenção para os efeitos dos antioxidantes, presentes em maior concentração nos vegetais. “A ingestão regular de vegetais vai aumentar a nossa absorção de antioxidantes. Eles têm capacidade de reduzir os efeitos negativos dos radicais livres no nosso corpo, aumentando assim a longevidade, prevenindo o envelhecimento precoce e diversas doenças”, explica.

O simples funciona para a alimentação mais colorida

A nutricionista aconselha que o ideal é começar pelo mais simples para incluir na rotina o hábito de uma alimentação mais colorida e natural. Para isso, ela tem duas dicas: a primeira é iniciar com três cores de verduras e legumes no prato, e a segunda é preferir alimentos in natura.

“Se no prato tem cenoura, tomate e alface, vamos ter o laranja, o vermelho e o verde. Ou você pode ter rúcula, abóbora e berinjela, que tem as cores verde, alaranjado e roxo. Além disso, tente priorizar sempre os alimentos mais naturais, os mais íntegros. Eles vão ser os mais acessíveis e também os mais nutritivos”, exemplifica. Outra dica é procurar os alimentos da estação. Eles vão estar mais baratos e mais saborosos.

A organização também é uma aliada. Planejar as refeições com antecedência e se manter abastecido de verduras, frutas e legumes ajudam a manter práticas saudáveis de alimentação em uma rotina corrida.

As muitas formas de consumir vegetais, frutas e verduras

Tem dificuldades em ingerir vegetais? Batê-los em sucos ou consumi-los junto com outros alimentos pode ser uma saída diferente para incluí-los na alimentação, sem deixar de ter acesso aos nutrientes que eles oferecem.

Nanci aconselha, por exemplo, o consumo de couve em sucos verdes, batidos com maçã ou laranja. Além disso, é possível cozinhar legumes junto com arroz, feijão ou batê-los na massa de panqueca.

Outro direcionamento da nutricionista é observar o que não gosta nos vegetais que já consumiu e fazer testes. “É Interessante observar o que exatamente você não gosta em determinado alimento. Foi a textura, o sabor, a temperatura que você comeu que não gostou? A partir dessa autoanálise, tente experimentar diferentes formas de preparo do mesmo alimento”, aconselha.

“Uma abobrinha grelhada é completamente diferente em textura e sabor do que uma abobrinha cozida, por exemplo, ainda mais se for cozida no vapor. Então observe como você comeu aquele alimento que não gostou e tente prepará-lo de uma forma diferente. Assim, você consegue explorar novos sabores e encontrar talvez uma forma que agrade mais”, conclui a nutricionista.

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