Para que a argila pudesse se transformar em uma xícara de porcelana, cheia de ondulações e delicadeza, a artista plástica Laura Loscalzo precisou ficar atenta a um elemento que nada tem a ver com a matéria-prima, o torno de modelagem ou o forno de queima das peças: ela teve que olhar para o seu perfeccionismo – e como ele a impedia de criar. Embrulhado como uma bonita chave que nos promete a excelência e o bom resultado, o que ele faz é nos trancar para o lado de fora do campo das oportunidades e da alegria em materializar nossos talentos no mundo. “Hoje eu tenho certeza de que o perfeccionismo não só nos limita como também nos domina. Porque dá medo imaginar que não vai ser possível chegar ao resultado maravilhoso que você idealiza. E, em vez de dizer ‘ok, vamos tentar e ver no que vai dar’, você nem começa”, conta. Por muitos anos, antes de criar a Iaiá, seu estúdio de cerâmica e porcelana artesanal, Laura deixou de lado o trabalho com as artes de que ela gostava ainda criança. Formou-se em cinema, trabalhou em agências e escritórios. E, quando a vontade de se dedicar ao fazer manual fez barulho, foi logo silenciada pela voz do perfeccionismo, que insistia em questionar “mas e se não ficar bom o bastante? E se você errar? E se as pessoas não gostarem?”.
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