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O que nutre o trabalho
(Foto: Mimi Thian/Unsplash)
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É uma terça-feira gelada em São Paulo. Levo o computador para o sofá, trago uma coberta e começo a buscar inspiração e referências para a minha carta deste mês.

Os ponteiros já estão invadindo o meio-dia quando o telefone toca e interrompe um fluxo de ideias que eu desenhava naquele instante. É ele.

“Amor, liguei pra saber se você tem reunião, porque tô pertinho e queria passar pra te dar um beijo.”

De imediato, digo: “Não tenho, só que estou em fechamento”, porque o senso de responsabilidade com o trabalho sempre fala mais alto. “Mas vem, já está na hora do almoço”, me corrijo na resposta.

É curioso como somos, constantemente, convidados a colocar em prática o que a gente prega. Porque não basta dizer; é preciso ser. Neste mês em que falamos sobre trabalhar com prazer, pensava que o que torna as jornadas mais leves é justamente nutrir alegrias cotidianas para além do emprego em si.

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Priorizar o importante, inclusive no dia-a-dia

E me lembrei da Jacqueline, uma colega que tive a sorte de cruzar na vida profissional. Em 2021, Jacque teve covid grave e seu coração parou de bater – ela, literalmente, renasceu.

Carioca, colocava o biquíni por baixo da roupa e dizia, com alegria e sotaque contagiantes: “Na hora do almoço vou dar um pulinho no Leme pra entrar no mar”.

Sabia priorizar o que era importante, a relevar dissabores do dia a dia na empresa e, com seu bom-humor, terminava o expediente como quem sabe que a vida não se resume a crachá.

Depois que desliguei o telefone, coloquei o computador de lado, finalizei o almoço e o Renan chegou. Almoçamos, rimos, conversamos sobre os nossos sonhos.

Ele voltou para atender seus pacientes e eu me sentei aqui, muito mais inspirada do que antes.

Ser feliz no trabalho não é só amar o que se faz. Mas ser capaz de ver a beleza no cotidiano e nas pequenas pausas que alimentam o viver.

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Conteúdo publicado originalmente na edição 271 da revista Vida Simples

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