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O ciúme é um sentimento que nos torna inimigos do amor
Insegurança e ciúme comprometem relações e ferem ambas as partes (Foto: Nik Shuliahin/ Unsplash)
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Na coluna do mês, nosso conselheiro anônimo responde à carta de Jonathan, que sofre com o fim de um longo relacionamento. Ele conta que antes do término definitivo, o casal passou por uma crise, que para ele, tem um motivo certo: seu ciúme.

Por ainda amar o homem que o deixou, Jonathan tentou restabelecer contato, mas sem sucesso. Isso o levou a questionar se deve prosseguir na tentativa da reconquista ou se deve seguir em frente.

Em sua resposta, Caro aponta que o ciúme deve ser resolvido antes de qualquer coisa, para que, de fato, a situação de Jonathan mude.

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Uma carta sobre ciúme

Caro Estranho,

Fui abandonado pelo homem que eu amava. No início, foi amor à primeira vista. Ficamos cinco anos juntos. Durante esse tempo, construímos uma relação muito sólida. Porém, nos últimos seis meses, enfrentamos uma crise e, após uma discussão, ele me deixou.

Estou certo de que ele terminou comigo por casa do meu ciúme e da minha insegurança. Ele voltou para a cidade natal dele e, quando tentei contato, só recebi frieza e indiferença. O que você acha disso? Devo desistir ou tentar reconquistá-lo? Ainda o amo muito.

Obrigado,

Jonathan

O ciúme dói em quem sente e em quem é alvo dele

Caro Jonathan,

“Dói da flor da pele ao pó do osso”, escreveu Caetano Veloso, ao abordar a questão do ciúme. Bem mais do que isso. “Você ama o inimigo e se torna inimigo do amor.” Consegue enxergar a verdade por trás da poesia, meu caro? Pois então.

O ciúme machuca não só quem o sente, mas também o objeto dele. Além de ser um sentimento improdutivo e vazio. Por isso, decidi abrir assim a minha resposta. Achei até corajoso você reconhecer que foi esse o motivo do término. Ou seja, você tem plena consciência do problema. Porém, precisa ir mais além e entender o porquê de tanta insegurança.

De volta ao Caetano, para mim, o verso mais bonito e importante dessa canção, Dor de Cotovelo, é esse em que ele escreve que o ciúme torna você um inimigo do amor. Será que não foi isso que você deixou acontecer, Jonathan?

Pergunto-me até que ponto você pode ter afastado de si o homem que tanto ama. O fato é que ele o abandonou, como você colocou. E sinto muito por isso. De verdade. Deve doer demais. Contudo, torno a dizer. Antes de tentar qualquer novo movimento, você precisa se investigar. Afinal, nada vai ser diferente, enquanto você não estiver disposto a mudar, concorda?

Para se livrar do ciúme é preciso entender suas origens

“Devo desistir ou tentar reconquistá-lo?” É o que você me pergunta. E, para ser honesto, preciso dizer que não sei. Não tenho como validar qualquer atitude que você decida tomar, entende? Só posso escrever sobre o que sinto, meu caro.

Voltar para a cidade natal após cinco anos de relação me parece um movimento bastante determinado. No entanto, você também pode tentar quebrar esse muro de “frieza e indiferença” e buscar um diálogo com ele. Não conheço o lado dele. Enfim, sei que você me escreveu em busca de uma resposta única, mas só cabe a você escolher um caminho para seguir.

Você é livre para fazer o que quiser, mas o importante na carta que me escreveu é, mais uma vez, a questão crucial do ciúme e da insegurança, porque nela você pode, sim, trabalhar sozinho. Peço desculpa por insistir nesse ponto. Mas do que você tem tanto medo? De ser traído ou trocado?

Porque você foi abandonado e viu que isso não é o fim do mundo. Estou certo de que você é um homem forte, Jonathan. Por isso, trate de resgatar a autoconfiança e acreditar mais em si mesmo. No fim, isso será imprescindível tanto para uma tentativa de reconciliação quanto para um outro relacionamento.

Um grande abraço,

Estranho

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