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Dos princípios que herdei: Danilo Luiz estreia sua coluna na Vida Simples
(Jason Charters/Unsplash)
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Ray dalio conta em seu best-seller, Princípios, que, mesmo depois de já ter uma empresa renomada, ainda era guiado por preceitos vindos de casa.

E é daí que vem a minha identificação com o livro. Porque fui conduzido por princípios aprendidos tanto pela minha mãe, Zezé, cabeleireira, como por meu pai, Baiano, motorista de caminhão e atleta “amador profissional”. Trago um exemplo que só tive a chance de colocar em prática sendo filho deles.

Aos 17 anos de idade, eu ganhava espaço no time profissional do América-MG. Um banco patrocinador do clube tinha como contrapartida o direito de obter um percentual e gerir a vida extracampo de jovens atletas. Eu era um deles.

Na época, trabalhava com meus empresários havia apenas um ano. Eles são os mesmos até hoje. Por isso, prefiro chamá-los de companheiros de jornada.

Os representantes do banco me convidaram para uma reunião. Decidi ir sozinho por intuição. Ao entrar na sala, homens à volta de uma mesa imponente, diante do menino de Bicas, que desconhecia aquele ambiente. Vestia uma roupa simples. O tênis era o melhor que tinha. Mas calçava um universo de sonhos e ambições.

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Propostas tentadoras colocam nossos princípios à prova

Eu, que recebia um salário de R$ 680 por mês, tive uma proposta para deixar meus empresários e passar o controle dos meus passos para o banco por R$ 500 mil. Naquele tempo, meu pai vivia na estrada, minha mãe passava horas no salão para ajudar em casa e na criação dos meus três irmãos. Ainda assim, aquela proposta não me fez trocar o vínculo já estabelecido com meus queridos empresários.

Esse feeling era, na verdade, um aprendizado de uma experiência anterior, quando nos sentamos à mesa improvisada de casa e, aos meus amigos e empresários, que fizeram questão de conhecer minha origem, após um longo discurso, meu pai apenas respondeu:

“Se o Danilo escolheu vocês é porque entendeu que são as pessoas certas para o ajudarem a buscar seu sonho. A única coisa que peço é que se lembrem que ele é um ser humano, e não uma mercadoria. Tratem ele como um ser humano”.

Portanto, esse é um dos muitos princípios que me guiaram até aqui – aos meus 32 anos. E, naquela reunião, ao não escolher trocar um compromisso no qual eu acreditava por um cheque, segui os ensinamentos da minha família e me tratei como ser humano. Tal qual eu sou. Tal qual nós somos!

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Esse conteúdo foi publicado originalmente na Edição 260 da Vida Simples

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