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Decifre seus desertos pessoais: 2 lições valiosas para superar desafios
NEOM
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Antes de mais nada, querido leitor, o intuito deste texto não é desafiá-lo a atravessar um deserto físico (apesar das várias opções de passeios turísticos oferecidos hoje em dia). Vamos conversar hoje sobre desertos pessoais, que variam para cada pessoa, a depender do momento de vida que ela está.

Ao usar a palavra “deserto” me referi aos momentos da vida em que nos encontramos sós (ainda que em meio a uma multidão). Muitas vezes, esse sentimento nos traz medo, insegurança e angústia, pois parece que há uma vidraça à prova de som que nos separa das outras pessoas e impede que ouçam nossos pedidos de socorro.

Uma extensa pesquisa foi feita ao longo de décadas em algumas universidades prestigiadas dos Estados Unidos e Europa, buscando identificar qual seria o maior medo das pessoas. O resultado apontou uma grande diferença entre o primeiro e o segundo lugar.

Surpreendentemente, os resultados mostraram que o medo de morrer era apenas o segundo maior medo das pessoas, bem atrás do primeiro lugar, que foi ocupado pelo medo do desconhecido – em outras palavras, de não saber como será o futuro.

Queremos estar no controle de nossas próprias vidas, mas as incertezas do caminho nos impedem de ver como será a jornada antecipadamente.

A figura do deserto nas Escrituras

Ao abrirmos o Velho e o Novo Testamento, vemos personagens atravessando momentos dramáticos no deserto, como quando Moisés vagou por anos liderando o povo hebreu rumo à Terra Prometida, ou quando o Satã tentou distrair Jesus de sua jornada espiritual, entre outros episódios.

Decifrando códigos dos desertos pessoais: uma visão cabalística

A Cabalá é a sabedoria que decodifica as mensagens mais profundas e ricas das Escrituras, e de acordo com o Zohar*, obra maior da Cabalá, praticamente cada palavra contida na Bíblia é um código.

A palavra usada para designar um deserto em hebraico é “Midbar”, palavra esta que contém a raiz da palavra que expressa “dizer”, no sentido de conversar.

A partir desse conhecimento, podemos extrair duas valiosas lições sobre a travessia de desertos pessoais.

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Primeira lição: seu destino não é o mais importante

Independente do rumo que nossas vidas tomem, entenda que nosso objetivo não é apenas chegar.  Estamos aqui, neste plano finito e caótico para evoluirmos espiritualmente, e nosso crescimento só se dará à medida que interagimos com o próximo, e no caso de nos sentirmos solitários em um deserto existencial, com o próprio trajeto.

Como cita o poeta Antonio Machado:

“Caminante, no hay camino,

El camino se hace al andar…”

De nada adianta concluir uma caminhada sabendo que não houve interação com a trajetória, ignorando os tesouros que aguardavam no caminho. É a caminhada que nos transforma, para que cheguemos ao nosso destino com um olhar diferente, mais experiente e sábio.

Aprenda a maravilhar-se com as flores, as aves, as pessoas e a paisagem que encontrar pelo caminho.

Segunda lição: o deserto não é deserto

Os cabalistas do passado sabiam que é precisamente no deserto, longe de nossa zona de conforto, que podemos exercitar o espírito e alongar a alma.

É no desconforto que buscamos nossa voz interior, como Moisés, Jesus e os demais personagens bíblicos que também atravessaram os desertos, calaram para ouvir a voz do Criador, que sempre esteve dentro de cada um de nós, paciente, aguardando para conversar conosco.

Agora você sabe que pode atravessar um deserto devido às circunstâncias da vida, mas também pode simplesmente escolher deixar a zona de conforto que o está impedindo de ir além e passar um tempo sossegado, longe do caos do cotidiano.

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