De turista a peregrino: há uma diferença entre existir e despertar
Você pode passar pela existência ou viver uma jornada de despertar interior. Esta, sim, tem um norte claro e propósito

Sou um verdadeiro apaixonado por viajar, embora o faça mais por trabalho do que por lazer. Tornei-me um curioso com ares de estudioso sobre aviões e logísticas, algo natural para alguém que passa entre 18 e 26 horas por semana dentro de aeronaves. Tudo para cumprir meus compromissos e ainda ter algum conforto e segurança.
Mas sabe o que observo? É que deveríamos ter esse movimento para tudo o que nos diz respeito. Você não deveria sair de casa sem um porquê e, pelo menos, saber para onde vai. Diariamente.
Porém, sabe o que é curioso? Muitas pessoas não têm um propósito, são “desbussoladas”, perdem-se nos descaminhos que trilham. Encontram companhias como a dor, a angústia, sendo tomadas por um vazio que as leva a buscar, freneticamente, o que lhes falta, quando, na verdade, estão apenas vazias de si mesmas.
Você pode gostar de
– Turismo com propósito: saiba buscar bem-estar e autoconhecimento na viagem
– Slow travel: o que é esse movimento e como viajar assim
– O que é etnoturismo: cultura indígena com impacto sociambiental positivo
Quando a viagem só preenche vazios
Tudo isso é sanado com uma viagem, que só tem data de início e algumas paradas, por uma estrada que vai dar em “nada, nada, nada” do que esperamos encontrar, como na canção “Se eu quiser falar com Deus”, de Gilberto Gil.
Muitas vezes nos leva ao fundo do poço, aos desertos, apenas com a finalidade de nos resgatar, nos acordar. Mas é preciso coragem para essa aventura dentro de si, muitas vezes mais maravilhosa e fantástica do que uma odisseia ao centro da Terra.
Em meu novo livro, que escrevo em conjunto com meu querido amigo e mestre Mário Sérgio Cortella, falamos justamente sobre passar a vida como peregrinos ou turistas.
Sem profundidade, sem objetivos
Muitos de nós são turistas. Podem até fazer uma meia programação para ir a um destino, usufruir de algo que gostam ou, às vezes, indicá-lo (no mundo das redes sociais) para ganhar like. No entanto, não há profundidade, não há objetivos. Em contrapartida, mergulhar dentro de si é se transformar em um peregrino.
Há uma diferença enorme entre estar vivo e viver uma jornada. No primeiro caso, a pessoa está sempre no piloto automático: estuda, trabalha, constrói relacionamentos, mas sem pertencimento.
Parece turista em viagem do tipo “conheça a Europa em sete dias”. E tudo que dá tempo de fazer é fotografar, para ver na volta, a viagem que fez, mas não viveu.
Sua vida não é um feed de posts, é uma experiência rica e intransferível. Te convido a fazer, a cada coluna, pequenos trechos dessa viagem de despertar.
CONTINUE LENDO
– Companheiro de viagem: Rossandro Klinjey estreia sua coluna na Vida Simples
– Viagem terapêutica: o autoconhecimento como destino
– 5 dicas essenciais para viajar e comer bem
Conteúdo publicado originalmente na Edição 261 da Vida Simples
Para acessar este conteúdo, crie uma conta gratuita na Comunidade Vida Simples.
Você tem uma série de benefícios ao se cadastrar na Comunidade Vida Simples. Além de acessar conteúdos exclusivos na íntegra, também é possível salvar textos para ler mais tarde.
Como criar uma conta?
Clique no botão abaixo "Criar nova conta gratuita". Caso já tenha um cadastro, basta clicar em "Entrar na minha conta" para continuar lendo.
A vida pode ser simples, comece hoje mesmo a viver a sua.
Vida Simples transforma vidas há 20 anos. Queremos te acompanhar na sua jornada de autoconhecimento e evolução.
Assine agora e junte-se à nossa comunidade.
Os comentários são exclusivos para assinantes da Vida Simples.
Já é assinante? Faça login