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Busca por autenticidade é um desafio em tempos de telas
(Foto: Philippe Leone/ Unsplash)
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Neste artigo:

Faz tempo que tenho me percebido preso em uma determinada foto e vivendo com­portamentos como se fosse uma sequência de posts seletivos e manipulados a partir daquele minúsculo aparelho que cabe na palma da mão.

Estamos na era em que as redes sociais se tornaram palcos de representa­ções cuidadosamente curadas, em que a busca incessante por validação substitui a genuinidade e reprime a autenticidade.

Assim, a pressão para se encaixar em padrões sociais preestabelecidos tem levado a mim e muitos outros a esconder suas verdadeiras identidades, perpetuan­do uma cultura superficial.

O problema da falta de autenticidade se manifesta em relacionamentos rasos, car­reiras desprovidas de paixão e uma cons­tante sensação de vazio existencial.

A busca pela autenticidade

As máscaras que usamos diariamente obs­curecem não apenas nossa visão pessoal, mas também minam a essência vital que torna cada indivíduo único.

O medo da rejeição e do julgamento, tan­to pessoal quanto profissional, cria uma barreira para aqueles que desejam romper com a convenção e abraçar sua verdadeira essência, sua autenticidade.

Além disso, a tentação de se con­formar, de se ajustar aos moldes impostos pela cultura predominante, pode ser avassaladora.

A incessante pressão para alcan­çar padrões de beleza, sucesso e aceitação, muitas vezes, leva à autossupressão, comprometendo a autenticidade, ou seja, a integridade do ser.

Navegar entre a necessidade de pertencer e o desejo de ser fiel a si mesmo virou uma encruzilhada. Encontrar um estado de inte­gridade no qual se possa expressar emoções, pensamentos e ações de maneira genuína, sem máscaras ou pretensões egocêntricas, tornou-se uma moderna jornada do herói.

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Afinal, o que é ser autêntico?

Ser autêntico envolve aceitar e abraçar suas próprias imperfeições, reconhecendo que a autenticidade está profundamente enraizada na honestidade consigo mesmo e com os outros.

Isso implica viver de acordo com o que é verdadeiro para você, em vez de ceder à pressão social para se encaixar em padrões ou papéis predefinidos.

Ser au­têntico não significa ser perfeito, mas, sim, ser fiel à sua essência única e original.

Trocar o olhar sobre o retangular metal mágico por um olhar em direção ao co­ração pode ser a cura do desvio da nossa originalidade.

Buscando na interioridade a autoaceitação, a honestidade consigo mes­mo, além de opiniões e reflexões próprias, poderemos sentir a estabilidade entre o in­finito do ser e a vulnerabilidade do existir.

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