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8 hábitos comprovados pela ciência para você viver até 24 anos mais
煜翔 肖 | Unsplash
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O que você estaria disposto a fazer para estar vivo por 24 anos a mais perto de seus filhos, netos e bisnetos? Imagino que você até esteja disposto a morrer por alguém que você ama, mas… estaria disposto a viver por eles também? Bons hábitos são necessários para ter esses anos a mais.

Todos parecem querer saúde, qualidade de vida e felicidade, porém poucos parecem querer se desfazer do que os faz adoecer física e mentalmente. Já dizia Hipócrates: “Antes de curar alguém, pergunta-lhe se está disposto a desistir das coisas que o fizeram adoecer”.

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Escolher hábitos melhores é escolher mais longevidade

Uma pesquisa apresentada pela Sociedade Americana de Nutrição em julho de 2023, mostrou que praticar 8 hábitos saudáveis aos 40 anos está associado a uma extra-vida de 24 anos para homens e 21 anos para mulheres.

Ficou claro que viver por mais tempo está condicionado às escolhas do estilo de vida como alimentação e prática de exercícios físicos. A autora da pesquisa Xuan-Mai Nguyen afirma que mesmo com pequenas mudanças e adotando alguns desses hábitos aos 50 ou 60 anos, já seria benéfico, adicionando tempo de vida.

Mas, afinal, quais seriam esses 8 hábitos milagrosos? Nenhum que você já não saiba (ou deveria saber). Mas talvez o que você não sabia era o quão determinantes esses hábitos são e a escala de importância.

Em ordem de impacto positivo na longevidade:

  1. Exercitar-se;
  2. Não ter dependência de opioides;
  3. Evitar o tabagismo;
  4. Gerenciar seus níveis de estresse;
  5. Seguir uma dieta saudável;
  6. Não fazer consumo excessivo de álcool;
  7. Priorizar um sono de qualidade;
  8. Manter relacionamentos sociais positivos.

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Os impactos de hábitos positivos

Mesmo adotando apenas um desses hábitos, homens podem adicionar em média 4,5 anos de vida e mulheres 3,5. Se adotar 2 desses hábitos, sete anos extras para homens e oito para mulheres serão adicionados.

O estudo analisou as escolhas de estilo de vida de mais de 700 mil veteranos militares com idades entre 40 e 99 anos, todos participantes de um estudo de vários anos chamado Programa do Milhão de Veteranos.

A falta de atividade física, uso de opioides e tabagismo tiveram os maiores impactos na longevidade, com um aumento de risco de morte de 30% a 45%. Nunca fumar reduziu o risco de morte em 29%, segundo o estudo.

Estresse, consumo excessivo de álcool, alimentação precária e falta de sono regenerativo foram associados a cerca de 20% de aumento no risco de morte.

O gerenciamento do estresse reduziria a morte precoce em 22%. Evitar o consumo excessivo de álcool – que significa tomar mais de quatro bebidas alcoólicas por dia – reduz o risco de morte em 19%.

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Pode parecer fácil adotar todos esses hábitos, mas, na prática, não é tão simples para a grande maioria das pessoas. Estamos apegados a nossos hábitos confortáveis.

A maioria desses hábitos está ligada a questões emocionais, ansiedade, estresse. Preenchemos nossos buracos emocionais e inseguranças com comida ruim, álcool, tabagismo, opioides. Então, dormimos mal, comemos demais e nos envenenamos a maior parte do tempo, o que leva a doenças físicas e mentais e, consequentemente, ao consumo de remédios que podem gerar outros problemas.

Ter uma dieta baseada em vegetais aumentaria suas chances de viver uma vida mais longa em 21%.

Alimentação está completamente entrelaçada a afeto e socialização. Fomos gerados sendo alimentados nos ventres de nossas mães. Em seguida passamos para o peito com alimento e afeto. Depois, às palavras encorajadoras nas papinhas de bebê. Mais tarde fomos condicionados com comidas gostosas em formas de bonificações por boas ações ou conquistas. Prática já condenada por psicólogos atualmente, com fundamento.

Procure bons relacionamentos

A falta de relacionamentos sociais positivos foi associada a um aumento de 5% no risco de morte. Um estudo recente descobriu que pessoas que passaram por isolamento social tiveram um risco 32% maior de morrer precocemente por qualquer causa em comparação com aquelas que não foram socialmente isoladas.

Os participantes que relataram sentir-se solitários tiveram 14% mais chances de morrer cedo do que aqueles que não o fizeram. Em 2022, um estudo brasileiro afirmou que 1 a cada 4 pessoas não se sente próxima de ninguém, não tem amigos. Logo, o item número 8 da lista inicial também é um desafio para pelo menos 25% das pessoas.

Busque fazer parte de grupos que tenham compatibilidade com sua forma de pensar. Se você é vegano e se sente sozinho no propósito, entre como voluntário de uma ONG de proteção animal. Se você se aprofunda em espiritualidade e acha que não consegue conversar com ninguém e que não lhe entendem, comece frequentando retiros, aulas de yoga, é provável encontrar pessoas e se sentir pertencente a um grupo.

Bons hábitos são um ciclo

Cada vez mais percebemos a conexão entre corpo, mente e espírito. Quanto melhor eu comer, mais saudável meu corpo estará, meus canais físicos e energéticos desobstruídos estarão, melhor trabalhará minha mente, melhor dormirei, mais disposição terei quando acordar e produzirei mais serotonina. Então, vou ter menos vontade de comer besteiras, logo desinflamarei mais meu corpo, menos ansioso e mais conectado ao meu espírito estarei. Já quanto pior eu comer… o ciclo ladeira abaixo cairá.

E no topo da lista está: exercitar-se.

Uma redução de 46% no risco de morte por qualquer causa quando comparado com aqueles que não se exercitaram.

As pessoas que viveram mais fizeram 7,5 horas equivalentes metabólicas de exercício por semana. Só para lhe dar uma linha de base – se você pode subir um lance de escadas sem perder o fôlego, são quatro minutos das 7,5 horas.

Essa descoberta ecoa os resultados de outros estudos que mostram que você não precisa praticar esportes radicais para obter os benefícios do exercício para a saúde, embora atividades mais vigorosas que causam perda de fôlego sejam as melhores.

Quanto melhor você se exercitar, menos ansioso e estressado ficará, vai dormir melhor e todo o ciclo positivo se instalará, pois todos os hábitos positivos estão conectados.

Priorizar a saúde é a chave

Como perceberam, deixei o primeiro para o final. Confesso que de todos, esse é o meu grande desafio. E, pela lista, o mais determinante, o que me deu o chacoalhão necessário, já que faz 3 meses que não apareço na academia. PS: Voltei hoje antes de escrever esse texto.

Na rotina da minha vida, sempre costumei treinar de 3 a 4 vezes por semana, não porque eu amo. Então, eu me condicionei à disciplina de treinar em horas e dias fixos, para não correr o risco de me boicotar marcando compromissos nos horários de treino. Eles precisam se tornar prioridades na agenda semanal. Horários sagrados, assim como os das refeições saudáveis.

Sua vida em primeiro lugar. Até porque se não temos saúde, não temos felicidade plena também.

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