A beleza por trás dos ciclos que se encerram
A vida é feita de ciclos e etapas que ao concluírem, encerram-se e deste ponto em diante não há mais espaço pra crescer; e mesmo que não tenha como resistir ao fluxo da vida, permanecemos seres apegados.
A vida é feita de ciclos e etapas que ao concluírem, encerram-se e deste ponto em diante não há mais espaço pra crescer; e mesmo que não tenha como resistir ao fluxo da vida, permanecemos seres apegados.
Somos apegados a estrutura das coisas, aos significados que elas tem pra gente, somos apegados ao nossos conceitos e conhecimentos, as nossas experiências, memórias, sonhos e desejos ligados a essa estrutura mental e emocional.
Somos apegados aos nossos padrões e hábitos, mesmo que não haja uma gota sequer de vida nestas ações já involuntárias e automáticas.
Tememos o novo mesmo que já não caibamos mais nas velhas caixas e padrões. Elas vão ficando apertadas ao passo que expandimos.
O que estou aprendendo é que mesmo com medo é preciso seguir em frente, se entregar ao desconhecido fluxo da vida e ao movimento que nossa natureza interior demanda… é preciso expandir e pra isso acontecer é preciso soltar o que já não é mais orgânico e vivo, o que perdeu a energia da vida em nós… o que endureceu e não nos permite crescer.
Para isso acontecer precisamos encontrar um punhado de coragem, mais um tanto de confiança neste algo maior chamado Plano Maior, Deus ou Inteligência Divina e nos entregar a sabedoria interior, só ela sabe quando estamos prontos pra trocar de pele.
Trocar de pele não é uma escolha, é necessidade e sobrevivência, é movimento, é a própria energia da vida pedindo passagem, é renovação.
É preciso seguir em frente, o Universo demanda em alto e bom tom:
– “Parou por que? Vem, me segue… não tenho como te deixar pra trás, esqueceu que não estamos separados!?
Por que resiste criança? Deveria ser ser natural. Quando foi que se esqueceu? Qual o seu medo?
Estamos juntos. Como pode temer a própria vida? O que te ofereço agora é VIDA, é continuidade, é eternidade… vem logo!” e Ele sorri amorosamente.
Trocar de pele é permitir-se mudar de opinião, de olhar, de jeito, de tom, de som, de voz, de valores, de tribo, de desejos, de hábitos, de necessidades… é deixar ir a pele que contém toda a percepção de mundo que você tinha. Deixar pra trás velhos conceitos, preconceitos, pontos de vistas, opniões, sonhos, desejos e necessidades que não cabem mais no seu novo mundo interior gigante. É deixar pra traz a superficialidade e tudo o que é CASCA.
Diferente do que muitos pensam a mudança não implica em perda ou renúncia de qualquer coisa na forma. Ao trocar de pele você não necessariamente está abandonando nada nem ninguém, mas sim o significado e o valor que essas coisas tem pra você que te impediam de crescer, pois o que é verdadeiro, divino e essencial em todas as coisas permanecerá intacto, inabalável e seguro, da mesma forma que a cobra permanecerá viva e renovada a cada troca de pele, assim será com você e tudo a sua volta.
Um novo mundo, mais coerente, amoroso e íntegro se abrirá junto com novos conceitos, novos significados, novos desejos e novas manifestações e conquistas ao passo que você permitir que o seu brilho interior mais fresco, criativo, luminoso e vivo venha a tona.
Trocar de pele é preciso!
*Os textos de colunistas não refletem, necessariamente, a opinião de Vida Simples.
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