Um bate papo com os nossos fantasmas
Um dia conversando com um grande amigo, ele me disse que às vezes o nosso problema é querer matar os nossos fantasmas, e de preferência todos de uma vez.
Mas que conversa é essa? Calma! Eu te explico.
Um dia conversando com um grande amigo, ele me disse que às vezes o nosso problema é querer matar os nossos fantasmas, e de preferência todos de uma vez. O que rola é que eles voltam no dia seguinte como se nada tivesse acontecido, na maior cara de pau, doidos pra bater papo, acredite se quiser!
Logo pensei: vou ter que comprar uma mesa maior e mais confortável para caber todo mundo!
Acontece que não adianta tentar varrer os problemas para debaixo do tapete, pois eles sempre vão voltar. Os ciclos não têm o hábito de se encerrarem de livre e espontânea vontade e às vezes não tem momento certo para fazer isso, tem horas que é só ter coragem!
O jeito é respirar profundamente algumas vezes, colocar todos à mesa e trocar uma ideia sem meias palavras, aquele famoso mano a mano, sabe como é? Vai ser quase uma reunião de domingo com a família que vem lá dos cafundó e adora fazer perguntas constrangedoras e irritantes.
Já aviso que só vai ter um jeito de resolver os paranauês internos: encarar de uma vez a realidade e responder aos questionamentos, algumas respostas merecem detalhes, já outras merecem aquela respostona atravessada vinda do fundo da alma. A quantidade e o sabor do tempero é você quem deve escolher, assim como muitas coisas na vida, tentar fugir não é bom remédio.
Chega um momento em que devemos pegar o controle e zerar essa tela, não descansar até passar de fase; mas sem tanta ligeireza, sem cobrança e pra isso cabe muitas doses de resiliência, paciência, persistências e alguns chutes nos baldes. No que isso vai dar? Apenas você saberá me responder daqui uns tempos, mas adianto que será uma conversa difícil, porém, os frutos dessa prosa serão doces e fartos.