Fé e esperança nos movem na busca de nossos propósitos

Após uma longa temporada futebolís­tica, chegamos ao fim da jornada com a conquista da famosa Copa Itália.

Cercado por 70 mil pessoas no estádio olímpico de Roma, tive o privilégio de levantar o troféu sendo o primeiro capitão estrangeiro do meu clube, depois de 60 anos. Que honra!

Entretanto, para simbolizar o que foi essa temporada, preciso contar que sofri uma lesão dez dias antes da final. Um es­tiramento de primeiro grau na coxa, cujo tempo de recuperação normalmente va­ria entre 15 e 20 dias.

Assim que recebi o diagnóstico, em vez de me alarmar, coloquei como objetivo que faria tratamento intensivo todos os dias possíveis, confiaria no meu corpo e estaria disponível para fazer o treino da véspera da final.

Consequentemente, jogaria a partida decisiva. Como capitão, meus companhei­ros precisavam de mim, eu sabia dessa res­ponsabilidade, e não iria abrir mão de estar em campo naquele jogo.

Paralelo a isso, vieram as ações: como eu tratei meu corpo, as horas de fisioterapia, o sono, a alimentação, o cuidado com os pensamentos. Um conjunto de coisas ne­cessárias para que eu me recuperasse num prazo quase impossível.

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Coragem para focar no propósito

Eu sabia que o ris­co era grande de talvez a lesão se abrir no treino, ou em cinco minutos de jogo, e que causasse um dano ainda maior. Que pu­desse, inclusive, me deixar fora por um tempo longo, prejudicando os compromissos adiante, como a minha participação na Copa Amé­rica com a seleção brasileira.

Por incrível que pareça, naqueles dias eu estive muito sereno, convicto de que tudo sairia bem. Essa sempre foi uma das regras que me guiaram na vida: fé e esperança no melhor, com ações que contribuíssem para o resultado almejado.

Foi incrível! Vencemos por 1 a 0, e fiz talvez a melhor partida de toda a minha temporada. Engraçado, não é? Sei que existem desafios muito maiores do que esse meu pequeno contratempo, e que não é fácil, em todas as situações, manter a fé e esperança na vida.

Mas essa minha receita sempre me rendeu bons frutos, o que não quer dizer que ven­ci todas as vezes. Aliás, perdi muito, mas entendi que era parte do processo para que eu pudesse chegar à vitória.

Você não perde nada por ter coragem, fé e esperança, colocar-se em jogo e tentar. Seja qual for o resultado, a dedicação e o empenho são re­compensados. Fazer todo o possível para o seu propósito é o troféu mais importante!

MAIS DE DANILO LUIZ (@daniluiz2)
– No meio da terra, da chuva e do barro, cada ação faz a diferença
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