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Ana Holanda compartilha suas estratégias para unir ilustração e escrita
ilustração: Ana Holanda
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Na busca incessante por desvendar os segredos do processo criativo, a escritora Ana Holanda mergulhou em uma experiência transformadora, contada em uma reportagem da edição 257 de Vida Simples. Ao participar do curso “O Processo Criativo” com o respeitado professor escocês Charles Watson, Ana desvendou um mundo fascinante de aprendizados. Ao longo de quase seis meses de imersão, ela mergulhou no universo de artistas diversos, desde pintores e escultores até músicos e escritores, explorando suas trajetórias e técnicas.

As principais lições que Ana extraiu dessa jornada criativa foram a importância de cultivar uma relação apaixonada com a criatividade, nutrir a curiosidade intensa, perseverar mesmo diante dos desafios e, acima de tudo, ter a coragem de se aventurar em águas desconhecidas. Ana descobriu que a criatividade é uma experiência sentida e percebida no próprio corpo, onde a imaginação ganha vida e revela aspectos profundos da mente.

Durante o percurso, inspirada pela exposição de Tim Burton, Ana encontrou sua coragem interior e se rendeu aos desenhos, deixando de lado o medo da perfeição. Com o apoio do namorado, artista digital, ela encontrou seu olhar e deu vida a suas criações. Através da autodescoberta e da confiança no processo criativo, Ana aprendeu que ser criativo é muito mais do que um rótulo, é uma jornada de autoconhecimento e expressão artística que desvenda a surpreendente capacidade de transformar a realidade e dar forma aos mais profundos sentimentos.

Em seu perfil no Instagram, Ana detalhou o processo e compartilhou como fez para unir a ilustração ao texto:

Será que sei mesmo desenhar? Quando comecei essa jornada pelos rabiscos, estava inundada pelo medo e por um pensamento recorrente: pra que você vai se meter nisso? Apenas deixei esses pensamentos falando sozinhos e fui. Recebi apoio do meu filho Lucas, que nasceu desenhista, e da minha mãe, uma artista desde sempre. E o apoio, amor e ensinamentos do namorado, talentoso demais e uma das pessoas mais generosas que conheci. Aos poucos, meu desenho foi evoluindo e ganhando uma “voz”. Foi difícil. Me irritei muitas vezes. Me achei uma mentira. Tinha certeza que era tudo péssimo. Pensei em desistir mas aquilo estranhamente me fazia bem. Me trazia paz interna, enquanto o traço seguia. Há dois meses, a Débora e o Tiago, da revista Vida Simples me convidaram para escrever sobre esse meu processo e ilustrar as páginas da matéria. Foi uma semana de trabalho intenso para realizar os desenhos. Marcos pegou na minha mão e me ajudou com palavras de encorajamento. Foi essencial. Está aí o resultado. É sobre desenho mas é sobre o texto e também sobre a vida. O que respondo para o Pra que você vai se meter nisso? Para ir além. Para explorar todas as nuances de quem sou. É para isso que estamos aqui não é? Para perceber a força que carrego. Para olhar para frente com a certeza de que eu — e você também — posso muito. Para saber mais sobre esta jornada, você vai precisar ler a matéria A folha em branco, na Vida Simples deste mês. Foi meu salto de fé. No desenho.

Ana também nos contou qual o impacto de aprender e criar algo novo:

Aprender algo novo é também uma oportunidade de acordar o corpo. Não existe criação sem isso. A gente precisa voltar a sentir as percepções, os arrepios, o peso no peito, a vontade de chorar. E guardar essas sensações. É como um caminho que se apresenta diante de nós, mas no qual você deixa os rastros, caso precise percorrer novamente. A partir daí, entende, pelas reações do corpo, se está criando de verdade ou apenas replicando algo. Quando estamos copiando, não sentimos nada. O corpo não reage, é como aquela rota automática que fazemos da mesma forma todo dia e não percebemos mais quando há algo novo pela estrada.

Para ler o texto da Ana na edição 257 de Vida Simples, é só conferir o link a seguir:

O processo criativo e a autodescoberta: como sair da folha em branco

Confira também:

As colunas de Ana Holanda na Vida Simples

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