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O olhar para si que garante a conexão
(Foto: Bùi Thanh Tâm/Unsplash)
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Luciana Beretta, da comunidade Vida Simples, enviou para o blog Você + Simples um texto muito gostoso sobre o prazer de fazer conexão consigo mesma para observar as sincronicidades nas nossas relações, especialmente entre mulheres. Boa leitura!

Minha nova fórmula de floral, recém começada, foi cuidadosamente escolhida para me ajudar a olhar para mim mesma e fazer conexão com a minha intuição.

Com uma lição recém aprendida, passei a tomá-lo mentalizando as intenções para as quais ele foi pensado. E cheguei aqui, agora, sábado, 9 de março de 2024, já começo de tarde, mas com sensação de começo de dia.

Voltei para casa depois de resolver algumas providências na rua com uma inquietação, uma vontade de fazer algo para mim e sabia que era sentar-se e ler.

Separei as duas últimas edições da revista Vida Simples, um livro e me acomodei na poltrona da sala, que estava estranhamente posicionada na diagonal e não na sua direção alinhada com os demais móveis após a faxina da semana.

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Um portal para a conexão

Com os pés apoiados no pufe à frente, enfim abri a penúltima edição da revista e retomei a leitura que já tinha feito da matéria de capa: “cuide da sua ansiedade”.

Rapidamente me reconectei com o trecho final, que relaciona controle, impermanência e o imponderável com o tempo de kairós e o verbo cativar.

Já tinha feito algumas reflexões sobre essa forma de olhar para como fazemos uma conexão com a vida – mas essa análise fica para outra hora.

A menção à meditação contida no texto me fez ter vontade imediata de praticá-la, o que fiz seguindo as orientações da sessão “tempo para você”, que achei no aplicativo que tenho instalado no celular.

A mudança da inquietação para outro estado mental foi imediata. Corpo relaxado, rosto leve, boca solta, respiração profunda e tranquila, olhos repousando suavemente.

Atravessei um portal e me encontrei comigo mesma do outro lado, sem nunca ter deixado a poltrona na sala da minha casa.

O cheiro de incenso

Me senti pronta para folhear as páginas da outra revista, preparada para começar pela matéria principal. Deixei esta separada, mas segui pelos demais conteúdos, sorrindo com as palavras da “Carta ao leitor”, as reflexões da editoria “Entre nós” e me emocionando com o poema da contracapa.

Até que me deparei com a matéria sobre rituais. A imagem do incenso que ilustra o texto me tomou. Incenso. Eu tenho, pensei. Como se acende? Nunca usei um. Me levantei, separei as varetas que guardo no armário e descobri que não tinha um porta incenso. Era hora de improvisar.

Após algumas rápidas buscas na internet para garantir que eu não pusesse fogo na casa, separei um pequeno pote de vidro, no qual coloquei pedrinhas brancas que tinha por aqui, fixei o incenso de erva cidreira no centro e o acendi. Posicionei o conjunto próximo onde estava e então parti para a leitura do texto que tinha despertado em mim tal ação.

Fui realizando conexão com cada palavra, cada vírgula, cada respiro, com uma identificação quase literal com o que estava nas minhas mãos e no espaço ao meu redor.

As lágrimas vieram quando li a autora, Raphaela de Campos Mello, contando sobre sua experiência, quando compreende que “o gesto de me interiorizar num ambiente propício para o encontro comigo mesma, me fez migrar de cronos para kairós, ou seja, do tempo do relógio para o tempo da alma”.

Olhei para o meu punho esquerdo onde tenho “kairós” tatuado. Uma palavra pequena, que muitos não conhecem o significado, mas tão forte.

Mulheres em conexão

Sem pensar, apenas senti. Soube que eu tinha que estar aqui, agora. Soube que eu tinha então que escrever este texto para me expressar. Para agradecer às mulheres que, sabendo ou não, estão envolvidas me ajudando nesse processo de autodescobrimento e conexão.

Para perceber que a bússola da minha vida mora dentro de mim e está me guiando. E que com confiança e fé na vida tudo vai dar certo – porque aqui, agora, nesse breve momento, já está tudo bem. Tudo está conectado. Tudo faz sentido.

É bom quando podemos enxergar e perceber essa verdade dentro de nós.

Enquanto escrevo, não sei o que virá pela frente. Mas seguirei com a mente em um outro ritmo e o coração em um outro estado, de mais paz.

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Luciana Beretta é bacharel em Comunicação Social, possui MBA em Administração e se sente uma pessoa com formação em gente. Em processo de autodescobrimento, aprende com a conexão que a vida apresenta e agradece os encontros do dia a dia. Acredita que, com confiança e fé na vida, ela só pode dar certo – e há de dar.


Este texto foi produzido por uma pessoa assinante da Comunidade Vida Simples e publicado no blog Você + Simples. Escolha um de nossos planos e tenha a possibilidade de ter seu texto avaliado e publicado pela Vida Simples.

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