COMPARTILHE
Manual prático da boa vizinhança
Beth Macdonald
Siga-nos no Seguir no Google News

Basta de Donald versus Silva. Lembra da encrenca? Nos clássicos quadrinhos da Disney, o pato de voz rouca vivia a se engalfinhar com seu vizinho de cabelo escovinha e maus-bofes logo ali, do outro lado da cerca. Não havia paz. Os dois funcionavam na base da retaliação. Se Donald fazia muita fumaça na hora de assar o churrasco no pátio, Silva era capaz de acender a maior fogueira do pedaço, deixando o ar completamente irrespirável. Um inferno. Divertidíssimo e cruel – mas quem de nós se atreveria a declarar de cara limpa que nunca teve algumas rusguinhas com o cidadão que mora ao lado (ou em cima, ou embaixo…)? 

É um tema delicado. Embute-se na palavra “vizinho” um sem-número de boas e más intenções, choques culturais, desconfianças, hábitos arraigados na intimidade do lar. Nunca se tem muita certeza se o que você está fazendo pode incomodar a outra pessoa que vive nas proximidades. Claro que o básico todo mundo sabe (ou deveria saber): demonstrar cortesia com o próximo, respeitar as normas estabelecidas em comum, não invadir o espaço alheio, jamais perturbar o sossego da maioria. Regrinhas que todos nós, como bons Homo sapiens que somos, devemos dominar de forma quase inata, assim como o uso do polegar opositor.

0 comentários
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

Deixe seu comentário